No dia 21 de março, o Sintrajufe/RS colocou no ar, em rádios de diversas partes do estado, spots da campanha do sindicato contra a extinção de varas do trabalho e pela revogação da reforma trabalhista. Agora, a partir desta sexta-feira, 25, a campanha também chega a jornais impressos de diversas cidades do interior.
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A peça produzida para a campanha pelo Sintrajufe/RS (veja foto no início da matéria) estará em onze jornais, englobando as nove cidades-sede das varas trabalhistas que estão ameaçadas de extinção, além de outras cidades que também serão afetadas por estarem dentro da mesma jurisdição. Os jornais e municípios são os seguintes:
Jornal | Cidades |
Gazeta de Alegrete | Alegrete |
Correio do Sul | Arroio Grande, Cerrito, Herval, Jaguarão |
Informativo Regional | Guaporé, União da Serra |
Folha do Nordeste | Lagoa Vermelha, André da Rocha, Barracão, Cacique Doble, Capão Bonito do Sul, Caseiros, Ibiaçá, Ibiraiaras, Machadinho, Maximiliano de Almeida, Paim Filho, Sananduva, Santo Expedito do Sul, São José do Ouro, São João da Urtiga, Tupanci do Sul |
A Folha | Santiago, Bossoroca, Capão do Cipó, Itacurubi, Jaguari, Nova Esperança do Sul, São Francisco de Assis, São Vicente do Sul, Unistalda |
Gazeta | Rosário do Sul |
A Plateia | Santana do Livramento |
Opinião | Encantado, Doutor Ricardo, Muçum, Nova Bréscia, Relvado, Roca Sales |
Antena | Anta Gorda, Capitão, Ilópolis, Putinga, Vespasiano Corrêa |
O Imparcial | São Gabriel |
Diário Popular | Santa Vitória do Palmar |
São, no total, 48 cidades alcançadas pela ação nos jornais. Com os spots de rádio, foram alcançados 58 municípios. A campanha também estará nas redes sociais, para aumentar ainda mais seu impacto. Além disso, a propaganda em defesa da Justiça do Trabalho estará em outdoors no interior e em Porto Alegre.
Ouça o spot de rádio
O spot de rádio, lançado no dia 21 de março, traz a seguinte mensagem: “Em 2017 prometeram que a reforma trabalhista geraria 6 milhões de empregos, mentiram. Hoje o Brasil tem mais e 13 milhões de desempregados e outros 43 milhões trabalhando sem carteira assinada. O que aumentou mesmo foi o ataque aos nossos direitos. Agora, querem fechar 69 varas trabalhistas no país, e uma delas está na sua região. Isso vai dificultar ainda mais o acesso à Justiça do Trabalho. Contra o fechamento das varas, pela revogação da reforma trabalhista”.
Ouça abaixo:
Entenda
A ameaça às varas trabalhistas vem por conta da resolução 296/2021 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), publicada em 25 de junho de 2021. Ela determina que os tribunais regionais realizem “adequação da jurisdição ou transferência de unidades judiciárias de primeiro grau” em varas “com distribuição processual inferior a 50% (cinquenta por cento) da média de casos novos por Vara do Trabalho do respectivo tribunal, no último triênio”.
Por conta da resolução há, nacionalmente, 69 varas trabalhistas ameaçadas de extinção. No Rio Grande do Sul, são nove: Alegrete, Encantado, Lagoa Vermelha, Rio Grande, Rosário do Sul, Santa Vitória do Palmar, Santana do Livramento, Santiago e São Gabriel.
Em matérias recentes, o Sintrajufe/RS denunciou que centenas de milhares de gaúchos e gaúchas terão essa dificuldade caso as varas trabalhistas sejam fechadas e que os jurisdicionados terão que percorrer grandes distâncias para chegar às sedes da JT mais próximas.
Além da campanha de mídia, o Sintrajufe/RS também encaminhou, nas últimas semanas, ofícios aos Legislativos municipais das nove cidades onde existe ameaça de fechamento de varas trabalhistas solicitando a realização das audiências. Já foram realizadas audiências públicas sobre o tema em Santana do Livramento e Arroio Grande, ambas com participação do Sintrajufe/RS. No dia 30 de março, ocorre mais uma, em Encantado, e, no dia 4 de abril, nova audiência será realizada na Assembleia Legislativa do RS.
A luta não se restringe à manutenção das nove varas trabalhistas agora ameaçadas, pois o relatório do CSJT será anual, ou seja, a cada ano, esse ataque pode ressurgir, atingindo essas e outras varas trabalhistas, inclusive na capital. A mobilização é em defesa da Justiça do Trabalho como um todo, incluindo, assim, a revogação da reforma trabalhista, responsável pela redução de processos que serve como pretexto para o fechamento das varas.