SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

GOVERNO DE RETROCESSO

Estudo do IBGE aponta que renda média dos brasileiros com alguma ocupação já é a menor desde 2012

Estudo divulgado nesta terça-feira, 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica (IBGE), aponta que a renda média dos brasileiros e brasileiras com algum tipo de ocupaçao é a menor desde 2012. O valor teve novo recuo no 3º trimestre de 2021, chegando a R$ 2.459, 4% a menos do que nos três meses anteriores. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí­lios Contí­nua (Pnad Contí­nua).

O rendimento médio real habitual dos trabalhadores considera a soma de todos os trabalhos, e essa foi a quarta queda seguida na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o que faz o valor se aproximar do menor ní­vel da série histórica, iniciada em 2012. O movimento de retrações começou no quarto trimestre de 2020, com perda de 4%, seguido por recuos de 0,8% no primeiro trimestre e de 2,8% no segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, a queda do rendimento do trabalhador encolheu 11,10%.

Embora o desemprego tenha registrado uma leve queda, ele segue alto, atingindo 13,5 milhões de pessoas (12,6%). A queda, porém, reflete ao mesmo tempo justamente a causa da redução da renda média: a acelerada precarização do mercado de trabalho. Trata-se de um processo iniciado com a reforma trabalhista de Michel Temer (MDB),em 2017, e acelerado sob o governo Bolsonaro, que vem atuando para desregular as relações trabalhistas e retirar direitos dos trabalhadores, ampliando a taxa de lucro dos empresários.

O Sintrajufe/RS tem denunciado seguidamente a piora nas condições econômicas do povo brasileiro. Duas semanas atrás, matéria publicada pelo sindicato trouxe dados preocupantes sobre a perda dos auxí­lios recebidos por milhões de brasileiros e brasileiras. Ou seja: o quadro, que já vem piorando, pode ter essa piora acelerada nos próximos meses. No total, 29 milhões de pessoas ficaram sem qualquer apoio após o governo cancelar o auxí­lio emergencial e o Bolsa Famí­lia e criar o Auxí­lio Brasil50 milhões se compararmos com os beneficiários do ano passado.

Com informações do portal G1.