SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

DESTAQUE

Webinário promovido pelo Movimento a Serviço do Brasil enfatiza precarização da atividade pública trazida pela reforma administrativa

O Movimento a Serviço do Brasil realizou, na manhã dessa quinta-feira, 12, um webinário sobre os impactos da reforma administrativa e do denominado Plano Mais Brasil para os atuais servidores e servidoras públicos. A Fenajufe e o Sintrajufe/RS integram o Movimento, cujo objetivo é promover uma grande campanha de mí­dia nacional contra a PEC 32/2020 e demais propostas que visam ao desmonte dos serviços públicos no Brasil.

No seminário, foi lembrado que servidores e servidoras serão atingidos duplamente pela reforma: como executores e usuários dos serviços públicos, mediante a retirada de direitos e a precarização do trabalho, desde o acesso até a extinção de cargos. 

Os participantes destacaram que proposta prevê a criação de cinco ví­nculos distintos de contratação: cargo tí­pico de Estado, cargo com prazo indeterminado, ví­nculo com prazo indeterminado, cargos de liderança e assessoramento e ví­nculo de experiência, o que irá flexibilizar as regras existentes e precarizar as relações de trabalho, retirando os direitos estabelecidos no Regime Jurí­dico único e impedindo a luta pela conquista de novos direitos.

Se aprovada, a reforma abre a possibilidade de apadrinhamentos, o que, de acordo com ela, prejudica os serviços ofertados e eleva os registros de adoecimentos laborais e casos de assédio moral, com prejuí­zo à qualidade do atendimento oferecido para a população.

Outro ponto abordado foi a subsidiariedade do Estado contida na reforma administrativa. Isso abre espaço para a iniciativa privada atuar no serviço público, trazendo diversos prejuí­zos para o servidor e servidora, para a sociedade e para o Brasil.

Desorganização da Administração Pública e punição aos atuais servidores

O assessor parlamentar da Federação e do Sintrajufe/RS, Antônio Augusto de Queiroz (Toninho do Diap), também integrou o painel da transmissão virtual e explicou o contexto polí­tico e o projeto de governo a que a reforma administrativa está inserida.

De acordo com o assessor, direitos como a possibilidade de reajustes salariais e a aposentadoria com paridade e integralidade estão sendo retirados dos servidores através das reformas já implementadas e em tramitação no Congresso. Como se falar em meritocracria e um serviço público de qualidade se aqueles que são os responsáveis pela execução desse serviço não são motivados, não têm o contrato de trabalho respeitado? , destacou.

Integrada ao denominado Plano Mais Brasil, a PEC 32/2020 faz parte do pacote de projetos encaminhados pelo Executivo sob a justificativa de conter gastos. Além da Reforma Administrativa, outras reformas como a da Previdência e as PECs 186 (PEC Emergencial), 187 (dos Fundos Públicos) e 188 (PEC do Pacto Federativo) compõem as medidas do governo para o ajuste fiscal do paí­s.
Não há nenhuma reforma que trate do corte de subsí­dios ou de uma reforma tributária que se destine a promover uma reforma solidária e inclusiva, que tribute as grandes fortunas com a mesma intensidade que tributam os salários, o consumo e a produção.

Queiroz chamou a atenção para as afirmações de que os gastos com o serviço público são elevados, mas esse gasto nunca ultrapassou o percentual de 5% do PIB e o governo não divulga esses dados e ignora a inflação .

Na visão do assessor, a redução de despesas com pessoal pela da PEC 32/2020 não se justifica, pois já existem pelo menos três limites de gastos com o funcionalismo público na Lei de Responsabilidade Fiscal.

Pode-se afirmar que a PEC da reforma administrativa foi concebida para desorganizar o serviço público e justificar a sua transferência para o setor privado; para punir os atuais servidores e submeter os futuros servidores a regras draconianas de gestão de pessoas , finalizou.

Siga o Movimento a Serviço do Brasil e esteja integrado nessa luta contra a precarização dos serviços públicos!

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Editado por Sintrajufe/RS; fonte: Fenajufe