Encerrado o segundo turno das eleições, o Sintrajufe/RS parabeniza os servidores e as servidoras da Justiça Eleitoral, que, mesmo sob ataques e ameaças, realizaram, como sempre, seu trabalho com eficiência, dedicação e responsabilidade. Já o argumento de fraude, constantemente reverberado por Jair Bolsonaro e seus apoiadores, foi tentado até o último instante.
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O candidato derrotado demorou 45 horas para se manifestar depois de Luis Inácio Lula da Silva (PT) ser proclamado o presidente eleito do Brasil. Nesses quase dois dias de silêncio, Bolsonaro queria que os militares apresentassem argumentos contra as urnas eletrônicas.
Bolsonaro já havia dito, anteriormente, que esperaria as conclusões dos militares para reconhecer o resultado das eleições. De acordo com matéria da Folha de S. Paulo, ele teve ao menos duas conversas com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Os militares participaram da auditoria das urnas na comissão de transparência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A fiscalização seguirá por mais um mês, mas Nogueira adiantou que, até aquele momento, não havia divergência nos dados.
O Sintrajufe/RS lançou, na primeira quinzena de agosto, a campanha Ovelha não é pra mato , referência a um ditado popular que lembra da necessidade de que cada coisa deva estar no seu devido lugar. A campanha, com outdoors, publicações nas redes sociais e spot de rádio, alertava: Quem cuida das eleições são os servidores e as servidoras da Justiça Eleitoral . E concluía: O Brasil não aguenta mais nenhum golpe! .
Sintrajufe/RS aguarda que Justiça decida favoravelmente a ações por danos morais a servidores da JE
Desde que tomou posse e, mais recorrentemente, a partir de 2021, Jair Bolsonaro e seus apoiadores atacaram o sistema eleitoral com mentiras sobre urnas fraudadas . Nesse período, servidores e servidoras da Justiça Eleitoral vivem momentos de tensão, sob ameaças de agressão e desconfiança quanto ao trabalho desenvolvido.
O Sintrajufe/RS já ingressou com duas ações judiciais em defesa dos colegas. A primeira, de 2021, encontra-se em grau de recurso, sem manifestação até o momento do relator, desembargador Victor Laus. O ingresso com uma nova ação, em 2022, ocorreu depois que Bolsonaro reiterou os ataques em uma reunião com diplomatas internacionais, sempre sem apresentar qualquer prova.
Sintrajufe/RS, com informações de Folha de S. Paulo