SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

QUINTOS

No CJF, falta apenas um voto para garantir o direito da categoria à não absorção dos quintos; julgamento é interrompido por novo pedido de vista

Falta apenas um voto no Conselho da Justiça Federal (CJF) para que o julgamento do processo administrativo que analisa a absorção ou não dos quintos em reposições salariais da categoria seja favorável a servidores e servidoras. A sessão desta segunda-feira, 27, computava cinco votos a favor da não absorção. O julgamento foi interrompido por pedido de vista do desembargador Guilherme Calmon, presidente do TRF2 (Rio de Janeiro).

A categoria busca o pagamento retroativo dos quintos absorvidos na primeira parcela da reposição salarial dos servidores e das servidoras do Judiciário Federal, em fevereiro de 2023. Em janeiro, o CJF, a partir de um despacho do secretário-geral, juiz federal Daniel Marchionatti Barbosa, emitiu orientação aos tribunais para manterem a absorção dos quintos, descumprindo a extensão da lei 14.687/2023. A lei dispõe sobre a criação de funções comissionadas e de cargos efetivos no quadro de pessoal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, entre outros pontos, determina que os quintos e décimos não podem ser reduzidos ou compensados por reajustes remuneratórios. O processo administrativo comum 0004055-21.2023.4.90.8000 analisa a absorção ou não dos quintos na primeira parcela da reposição salarial.

O julgamento havia sido interrompido, em fevereiro, por pedido de vista do vice-presidente do CJF, ministro Og Fernandes. Na sessão desta segunda-feira, 27, ele abriu divergência do voto da relatora, ministra Maria Thereza, que votou contra a não absorção e havia sido seguida pela então presidente do TRF3 (São Paulo e Mato Grosso do Sul), desembargadora Marisa Santos. Segundo Og Fernandes, o reajuste é um só e a não absorção deve ser aplicada na totalidade das parcelas.

Até o momento, apenas a relatora e a então presidente do TRF3 votaram contra a não absorção. Faltam ainda quatro votos, entre eles, o do presidente do TRF4, desembargador Fernando Quadros da Silva, que, em reuniões com o Sintrajufe/RS, afirmou que é favorável ao pleito da categoria.

A diretora do Sintrajufe/RS Cristina Viana destaca o importante trabalho realizado pelo sindicato, pela Fenajufe e outras entidades sindicais da categoria no convencimento de ministros e ministras do CJF. Desde o início do ano, federação e sindicatos têm atuado para garantir a não absorção e o pagamento dos valores que foram absorvidos na primeira parcela da reposição salarial, em fevereiro de 2023.

Como votaram os ministros até o momento

Ministra Maria Thereza de Assis Moura (presidente do CJF)Contrária
Desembargadora Marisa Santos (ex-presidente do TRF3)Contrária
Ministro Og Fernandes (vice-presidente do CJF)Favorável
Ministro Rogerio Schietti Cruz (membro efetivo) Favorável
Ministro Reynaldo Soares da Fonseca (membro efetivo)Favorável
Ministro Messod Azulay Neto (membro suplente) Favorável
Desembargador federal João Batista Moreira (presidente do TRF1)Favorável
Desembargador federal Guilherme Calmon (presidente do TRF2)Pediu vista

Foto: site do CJF