SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

JT NA MIRA

Nesta quinta-feira, 23/3, Sintrajufe/RS realiza ato público nas varas trabalhistas, em defesa da Justiça do Trabalho e outras demandas da categoria

O Sintrajufe/RS convoca a categoria para um ato público, nesta quinta-feira, 23, às 13h, em frente às varas trabalhistas, em defesa da Justiça do Trabalho, por negociação coletiva e pela não absorção de quintos na revisão salarial da lei 14.523/2023. Também estão na pauta retroatividade do auxí­lio-alimentação e valorização da carreira (NS).

A atividade integra a Semana Nacional de Mobilização, convocada pela Fenajufe. Nesta quarta-feira, 22, o Sintrajufe/RS realizou ato público em frente ao TRF4, exigindo a efetiva punição do servidor do TRF4 denunciado por três servidoras por assédio moral e sexual.

Os casos de trabalho em condições análogas às de escravidão, que foram conhecidos nas últimas semanas, envolvendo as viní­colas Aurora, Garibaldi e Salton, na serra, e lavouras de arroz, em Uruguaiana, reforçam a importância da atuação dos órgãos de fiscalização e da Justiça do Trabalho. O Sintrajufe/RS participou de duas audiências públicas, com o tema Trabalho decente, sim! Trabalho escravo, não! , em Caxias do Sul e em Porto Alegre. Nesta última, estava presente o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Marinho, que afirmou que o trabalho escravo é um tiro no pé da atividade econômica e um tiro no peito do Brasil .

Na contramão, nas últimas semanas, foi reaceso o movimento contra a Justiça do Trabalho. O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) está coletando assinaturas para uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que pretende reformar o Judiciário e, entre as medidas, quer o fim da Justiça do Trabalho. A derrota de Bolsonaro (PL) e a eleição de Lula (PT) reduziram a ameaça iminente; contudo, a maioria reacionária do Congresso dá margem para que propostas como essa voltem a circular no parlamento.


EstadoDeputado(a)Partido
AcreCoronel UlyssesUnião
AlagoasDelegado Fabio CostaPP
AmapáSilvia WaiãpiPL
AmazonasCapitão Alberto NetoPL
BahiaCapitão AldenPL
Roberto RomaPL
CearáAndré FernandesPL
Mauro Benevides FilhoPDT
Distrito Federal Bia KicisPL
Alberto FragaPL
Espí­rito SantosGilvan da FederalPL
Evair Vieira de MeloPP
GoiásGustavo GayerPL
Magda MofattoPL
Mato GrossoAbilio BruniniPL
Amália BarrosPL
José MedeirosPL
Mato Grosso do SulDr. Luiz OvandoPP
Marcos PollonPL
Rodolfo NogueiraPL
Minas GeraisDomingos SávioPL
Dr. FredericoPatriotas
Eros BiondiniPL
Junio AmaralPL
Lafayette de AndradaRepublicanos
Marcelo álvaro AntonioPL
Maurí­cio do VôleiPL
Nikolas Ferreira PL
Pará Delegado CaveiraPL
Joaquim PassarinhoPL
Paraí­baCabo Gilebrto SilvaPL
ParanáDiego GarciaRepublicanos
PernambucoCoronel MeiraPL
Filipe BarrosPL
Rio Grande do NorteGeneral GirãoPL
Sargento GonçalvesPL
Rio Grande do SulAfonso HammPP
Bibo NunesPL
Giovani CheriniPL
Marcel Van HattemNovo
Mauricio MarconPodemos
Pedro WestphalenPP
SandersonPL
ZuccoRepublicanos
Rio de JaneiroCarlos JordyPL
Chris ToniettoPL
Delegado RamagemPL
Luiz LimaPL
RondôniaThiago FloresMDB
Santa CatarinaCaroline de ToniPL
Daniel FreitasPL
Daniela ReinehrPL
Gilson Marques Novo
Jorge GoettenPL
Julia ZanattaPL
Rafael PezentiMDB
Zé TrovãoPL
São Paulo Adilson BarrosoPL
Adriana VenturaNovo
Carla ZambelliPL
Luiz Philippe de Orleans e Bragança
PL
Miguel LombardiPL
Paulo BilynskyjPL
Pr. Marco FelicianoPL
Ricardo SallesPL
Rosane VallePL

Negociação coletiva no serviço público está na pauta de reivindicações; vejas as demais

O governo Lula reinstalou a Mesa Nacional de Negociação Permanente com as entidades representativas dos servidores públicos federais. Uma das principais reivindicações é a negociação coletiva, uma demanda histórica que precisa ser regulamentada em lei.

O Brasil é signatário da Convenção 151 da OIT, que visa garantir e defender os interesses dos funcionários públicos das três esferas e que trata da liberdade sindical e do processo de negociação coletiva dos servidores públicos. Foi promulgada no Brasil em março de 2013, pela então presidente Dilma Rousseff (PT), mas seus preceitos ainda não foram regulamentados.

A não regulamentação do direito à negociação coletiva permite que governos das três esferas não sejam obrigados a receber e debater pautas das categorias como ocorreu, por exemplo, com o governo Bolsonaro que sequer recebeu os trabalhadores durante os quatro anos de mandato. Não é diferente no Poder Judiciário, pois não foram poucas vezes que os servidores e servidoras tiveram imensas dificuldades para serem recebidos pela presidência do STF.

Semana de Mobilização: Fenajufe pauta temas como carreira, retroatividade dos benefí­cios e revisão salarial para todos, sem absorção dos quintos

A Semana Nacional de Mobilização também é para cobrar respeito aos servidores e servidoras e exigir a participação da representação da categoria nas decisões que lhes afetam , conforme convocatória da Fenajufe. A federação reforça que tem sido constante o desrespeito por parte das administrações que sempre excluem a representação dos servidores nas tomadas de decisões que atingem a vida funcional e pessoal dos servidores e servidoras .

Sobre os quintos, a Fenajufe entrou com requerimento pedindo a não absorção dos quintos nas parcelas da recomposição salarial parcial das servidoras e servidores do Judiciário da União. Entre os argumentos, está a situação de parte da categoria ficar sem recomposição.

O pagamento retroativo a janeiro dos valores do auxí­lio-alimentação e da assistência pré-escolar também estão na pauta de mobilização. O reajuste foi estabelecido pela portaria conjunta CNJ 1/2023, em fevereiro, por demora da presidente, ministra Rosa Weber, sem retroatividade.

Além disso, a Fenajufe conseguiu aprovar a discussão da reestruturação das carreiras no Fórum Permanente no CNJ; em fevereiro, o colegiado aprovou a proposta da federação de criação de um grupo de trabalho (GT) dedicado ao tema. Nos dias 21 e 22 de abril, a Fenajufe realizará o Encontro Nacional de Carreira, para debater diversas questões envolvendo o tema, em especial a garantia da implantação do NS. Dentro do tema do Fórum de Carreira, a federação destaca a importância do apoio ao projeto de regulamentação da Polí­cia Judicial, que está em discussão no colegiado.