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BANCADA DE MILIONÁRIOS

Maioria da Câmara dos Deputados rejeita taxação das grandes fortunas; saiba como votaram os parlamentares do RS

Na última semana, a Câmara dos Deputados rejeitou emenda do Psol que acrescentava ao projeto de regulamentação da reforma tributária um imposto sobre grandes fortunas. Foram 262 votos contrários e 136 favoráveis – outros 113 parlamentares se ausentaram.

A Constituição de 1988 determina que a União deve instituir impostos sobre grandes fortunas mediante lei complementar. Desde a aprovação da Carta, diversas propostas de taxação de grandes fortunas foram apresentadas no Brasil, sem que nenhuma fosse aprovada. A emenda discutida na semana passada previa que fossem taxadas pessoas físicas e jurídicas que tenham patrimônio maior do que R$ 10 milhões, por meio de faixas de alíquotas: 0,5% para fortunas entre R$ 10 milhões e R$ 40 milhões; 1% para patrimônios entre R$ 10 milhões e R$ 80 milhões; 1,5% para fortunas acima dos R$ 80 milhões.

A regulamentação da reforma tributária (PLP 108/2024) começou a ser votada em agosto, mas, antes da votação dos destaques, foi pausada por conta da proximidade com as eleições e o esvaziamento do Congresso. Agora, as votações foram retomadas.

Votação por partidos

Dentre os partidos, todos os votos dos parlamentares presentes foram a favor da taxação nos casos do PT, PDT, PSB, Psol, PCdoB, PV e Solidariedade. Por outro lado, todos os votos registados no PL e no NOVO foram contrários à emenda. E, nos demais partidos de direita ou do chamado “centrão”, a grande maioria dos votantes foi contra a proposta.

Dos 40 parlamentares do União Brasil presentes, apenas três deputados foram favoráveis à tributação. Dos 41 deputados do PP na votação, 38 disseram não para a taxação dos mais ricos; somente dois votaram a favor, enquanto o presidente da Casa, Arthur Lira, não votou. No PSD, apenas três votaram a favor, enquanto 33 foram contrários. O PSDB contabilizou sete votos contra a taxação e dois a favor. Dos 32 parlamentares do MDB que votaram, quatro foram a favor e 28, contra. No Republicanos, apenas três votos foram favoráveis ao IGF, e 35, contra. Dos 10 votos do Podemos, nove se posicionaram contra taxar os mais ricos. O Avante registrou dois votos favoráveis à proposta, dos quatro depositados no plenário.

Veja abaixo como votaram os deputados e deputadas do RS:

Votaram NÃO à taxação das grandes fortunas
Afonso Hamm (PP)
Bibo Nunes (PL)
Covatti Filho (PP)
Daniel Trzeciak (PSDB)
Franciane Bayer (REP)
Giovani Cherini (PL)
Lucas Redecker (PSDB)
Luiz Carlos Busato (UB)
Marcel van Hattem (NOVO)
Marcelo Moraes (PL)
Mauricio Marcon (PODE)
Márcio Biolchi (MDB)
Osmar Terra (MDB)
Pedro Westphalen (PP)
Sanderson (PL)
Zucco (PL)

Votaram SIM à taxação das grandes fortunas
Afonso Motta( PDT)
Alceu Moreira (MDB)
Alexandre Lindenmeyer (PT)
Bohn Gass (PT)
Daiana Santos (PCdoB)
Denise Pessôa (PT)
Marcon (PT)
Maria do Rosário (PT)
Pompeo de Mattos (PDT)
Reginete Bispo (PT)
Ronaldo Nogueira (REP)

Com informações do jornal Extra Classe, do Congresso em Foco, do Uol e do Poder 360