SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

SERVIÇO PÚBLICO

Governo publica editais do Concurso Público Nacional Unificado, com 6,6 mil vagas; prova acontece em 5 de maio

Nessa quarta-feira, 10, o governo federal publicou os editais do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Serão 6.640 vagas para 21 órgãos públicos federais.

As inscrições para o CPNU serão abertas no dia 19 de janeiro e seguem até 9 de fevereiro. A prova acontece em 5 de maio. Conforme o governo, a previsão é de que haja mais de 3 milhões de inscritos e inscritas. As vagas são divididas em oito blocos temáticos, com oportunidades para candidatos de ní­vel médio e superior. Uma única inscrição valerá para concorrer a um posto em mais de um órgão, desde que dentro do mesmo eixo temático. As provas serão aplicadas simultaneamente em 220 cidades de todo o Brasil.

O exame será dividido em dois turnos no mesmo dia, com questões objetivas e dissertativas. A Fundação Cesgranrio será a responsável pela aplicação. A divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redações será no dia 3 de junho. Os resultados finais serão anunciados em 30 de julho. Em 5 de agosto terá iní­cio a etapa de convocação para posse e realização de cursos de formação.

Conforme a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o objetivo do Concurso Unificado é ampliar a capilaridade do Estado, mudar a cara do Estado brasileiro, reforçando todas as nossas iniciativas de democratização do Estado, de maior diversidade, de garantir um Estado que seja realmente a cara da população brasileira . Ela explica que, nos últimos seis anos, o número de servidores do governo federal foi reduzido em 73 mil e que o momento é de fazer uma recomposição da força de trabalho : No primeiro ano deste governo, houve a autorização de 47% de vagas a mais que todo o perí­odo da gestão anterior. A gente vai ter autorizações neste ano e nos próximos , diz a ministra.

Acesse abaixo os oito editais:

Edital nº 1 ” Infraestrutura, exatas e engenharia

Edital nº 2 ” Tecnologia, dados e informação

Edital nº 3 ” Ambiental, agrário e biológicas

Edital nº 4 ” Trabalho e saúde do servidor

Edital nº 5 ” Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos

Edital nº 6 ” Setores econômicos e regulação

Edital nº 7 ” Gestão governamental e administração pública

Edital nº 8 ” Ní­vel intermediário

Cerca de 12% do funcionalismo federal pode se aposentar imediatamente, o que amplia a necessidade de mais concursos; arcabouço fiscal gera limitações

Segundo o próprio Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, o problema da falta de servidores pode ser agravado a qualquer momento com a aposentadoria de boa parte do quadro. Isso porque aproximadamente 12% do funcionalismo federal está em situação de abono de permanência e devem deixar o Estado nos próximos anos. Dados de 2022 demonstram que o contingente de servidores civis ativos no âmbito do Poder Executivo Federal totalizava 568 mil pessoas, número mais baixo desde 2009. Números do Painel Estatí­stico de Pessoal do governo federal mostram que, em junho de 2023, havia 1.208.684 servidores e servidoras registrados. No entanto, apenas 46% estavam na ativa; eram 34,55% aposentados e aposentadas; e 19,43% falecidos com decorrente instituição de pensão. Além dos servidores e servidoras em abono de permanência, o número de afastamentos atingia a 41.998 servidores e servidoras; a maior parte, 39,94%, por motivos de doença (não profissional). Outros motivos são, por exemplo, treinamento/capacitação, licença-maternidade, interesse particular.

De acordo com o estudo Análise de dados sobre concursos públicos no Poder Executivo , realizado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap), o número de servidores está em queda, e há menos estatutários em 2023 do que havia em 1989. Os resultados apontam para três momentos de pico de entrada de novos servidores públicos: de 1988 a 1998, de 2003 a 2010 e de 2012 a 2016. Esses picos têm diferentes impactos no estoque de servidores, com quedas e crescimentos subsequentes. No geral, o estoque de servidores concursados aumentou consideravelmente desde 1988 , informa o Ministério da Gestão.

A realização dos concursos na medida necessária para atender às necessidades da população está dificultada pelo arcabouço fiscal recém implementado no paí­s. Desde o primeiro semestre do ano passado, quando tiveram iní­cio as discussões sobre o novo arcabouço fiscal, o Sintrajufe/RS alertava sobre as ameaças contidas no projeto, com os limites estabelecidos e os gatilhos definidos para o caso de descumprimento desses limites. A imposição da polí­tica do déficit zero, como o sindicato alertou em diversas oportunidades, coloca em risco a realização contí­nua de concursos, além de limitar os gastos do governo, gerando prejuí­zos tanto para servidores e servidoras quanto para a população em geral.

Com informações da Secretaria de Comunicação Social do Governo Federal