Esta quinta-feira, 18, é marcada por duas efemérides que trazem importantes reflexões para tornar a sociedade mais justa: o Dia Mundial de Conscientização sobre Acessibilidade e o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
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Dia Mundial de Conscientização sobre Acessibilidade
Na terceira quinta-feira do mês de maio, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre Acessibilidade. Nesta quinta, 18, portanto, é momento de reforçar a luta por respeito e por melhores condições de vida para todas as pessoas com alguma deficiência.
A data foi criada em 2012 a partir de esforços do desenvolvedor web Joe Devon e do profissional de acessibilidade Jennison Asuncion. Seu propósito é gerar debate e conscientização na sociedade sobre acesso e inclusão de pessoas com deficiência, com destaque para questões relacionadas à acessibilidade digital, foco da origem da data.
No Sintrajufe/RS, as ações relacionadas ao tema da acessibilidade estão concentradas no Núcleo de Pessoas com Deficiência (NPCD), mantido pela entidade. O NPCD foi criado em 2001, com o objetivo de atender às necessidades específicas desse segmento da categoria. Possui caráter consultivo, mas pode deliberar sobre temas a ele delegados pelas instâncias diretivas ou deliberativas. O Núcleo realizou seu primeiro Encontro Estadual em 2001, seguido por outros Encontros, seminários e reuniões e, desde lá, tem tido atuação importante nas lutas das pessoas com deficiência no Rio Grande do Sul e no país, defendendo a implementação de políticas públicas que garantam a acessibilidade e o respeito às diferenças e necessidades de cada um.
Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Nesta quinta-feira, 18, também deve-se reforçar a necessidade de combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes. A data foi criada em 2000 e o dia foi escolhido para lembrar um caso ocorrido em 1973, quando uma menina de 8 anos, de Vitória (ES), foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada. Seu corpo apareceu seis dias depois, carbonizado e os seus agressores nunca foram punidos.
Dados da violência sexual contra crianças no Brasil apresentados pelo Atlas da Violência de 2021, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e pela Childhood Brasil, revelam que 70% dos registros de violência no sistema de saúde referem-se ao estupro de menores. O levantamento mostra que 30% dos agressores são familiares mais próximos e que 50% das crianças abusadas tem entre 1 e 5 anos de idade. Destaca-se ainda que 72% dos casos acontecem na casa da própria vítima.
Em entrevista à Childhood Brasil, a psicóloga especializada em psicologia clínica e atendimento a vítimas de violência doméstica Gorete Vasconcelos disse que problemas como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, comportamentos autodestrutivos ou sexualização precoce são alguns dos transtornos que podem surgir em adolescentes vítimas de abuso: A criança sente o corpo profanado, invadido, e pode apresentar diversos sintomas, tais como: angústia de que algo se quebrou dentro do seu corpo, sentimento de culpa, perturbações do sono, dores abdominais, enurese (perda do controle da bexiga durante o sono), encoprese (um tipo de incontinência fecal), distúrbios alimentares, entre outros. Os pré-púberes apresentam sequelas que dificultam sua evolução psicoafetiva e sexual, afetando as identificações que ela poderia construir, impedindo que a adolescência seja um período de questionamento construtivo , explica.