O dia 2 de abril é o Dia de Conscientização sobre o Autismo, data instituída em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de dar visibilidade ao transtorno do espectro autista (TEA). Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o autismo afeta uma em cada 100 crianças no mundo.
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As causas do autismo ainda não são totalmente conhecidas; sabe-se que se deve, possivelmente, a fatores multifatoriais, incluindo genética e ambiente. O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, podendo envolver outras questões como comportamentos repetitivos, interesses restritos, problemas em lidar com estímulos sensoriais excessivos (som alto, cheiro forte, multidões), dificuldade de aprendizagem e adoção de rotinas muito específicas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de crianças de a 13 anos no Brasil é de 38,5 milhões; cerca de 241 mil crianças seriam autistas no país. A estimativa, contudo, é que o número seja muito maior, chegando, de acordo com especialistas, a 2 milhões de brasileiros. A causa para a discrepância dos dois dados é a dificuldade em se obter o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Legislação
No Brasil, existe uma Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, conhecida como Lei Berenice Piana, criada em 2012, que garante aos autistas o diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamento pelo Sistema único de Saúde (SUS), além do acesso à educação, proteção social e trabalho.
Inclusão e respeito
Não há cura ou tratamentos específicos, mas o diagnóstico precoce e um acompanhamento digno são importantes para que os autistas alcancem seu potencial máximo. Os medicamentos podem ser utilizados para tratar outras condições, como hiperatividade e redução das estereotipias. O mais eficaz é um tratamento multidisciplinar, incluindo atuação de diversos profissionais como psiquiatra, neurologista, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional.
As inclusões escolar e social são fundamentais. A interação é positiva não apenas para o autista, mas para pais e mães, que muitas vezes sofrem com o preconceito e com o afastamento de familiares e amigos. A convivência com o autismo (como de resto com outros tipos de deficiência) ensina que o valor das pessoas não está, necessariamente, no que elas têm ou fazem. Aprende-se que cada pessoa, por mais diferente que seja, tem direito a se desenvolver dentro de seus limites, a ser respeitada, a ter tratamento digno. Aprende-se a mudar o olhar sobre o outro, a respeitar a diversidade humana.
Com informações da Agência Brasil