SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

INCLUSÃO E RESPEITO

2 de abril, Dia de Conscientização sobre o Autismo

O dia 2 de abril é o Dia de Conscientização sobre o Autismo, data instituí­da em 2008 pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de dar visibilidade ao transtorno do espectro autista (TEA). Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o autismo afeta uma em cada 100 crianças no mundo.

As causas do autismo ainda não são totalmente conhecidas; sabe-se que se deve, possivelmente, a fatores multifatoriais, incluindo genética e ambiente. O TEA é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, podendo envolver outras questões como comportamentos repetitivos, interesses restritos, problemas em lidar com estí­mulos sensoriais excessivos (som alto, cheiro forte, multidões), dificuldade de aprendizagem e adoção de rotinas muito especí­ficas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica (IBGE), o número de crianças de a 13 anos no Brasil é de 38,5 milhões; cerca de 241 mil crianças seriam autistas no paí­s. A estimativa, contudo, é que o número seja muito maior, chegando, de acordo com especialistas, a 2 milhões de brasileiros. A causa para a discrepância dos dois dados é a dificuldade em se obter o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Legislação

No Brasil, existe uma Polí­tica Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, conhecida como Lei Berenice Piana, criada em 2012, que garante aos autistas o diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamento pelo Sistema único de Saúde (SUS), além do acesso à educação, proteção social e trabalho.

Inclusão e respeito

Não há cura ou tratamentos especí­ficos, mas o diagnóstico precoce e um acompanhamento digno são importantes para que os autistas alcancem seu potencial máximo. Os medicamentos podem ser utilizados para tratar outras condições, como hiperatividade e redução das estereotipias. O mais eficaz é um tratamento multidisciplinar, incluindo atuação de diversos profissionais como psiquiatra, neurologista, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional.

As inclusões escolar e social são fundamentais. A interação é positiva não apenas para o autista, mas para pais e mães, que muitas vezes sofrem com o preconceito e com o afastamento de familiares e amigos. A convivência com o autismo (como de resto com outros tipos de deficiência) ensina que o valor das pessoas não está, necessariamente, no que elas têm ou fazem. Aprende-se que cada pessoa, por mais diferente que seja, tem direito a se desenvolver dentro de seus limites, a ser respeitada, a ter tratamento digno. Aprende-se a mudar o olhar sobre o outro, a respeitar a diversidade humana.

Com informações da Agência Brasil