SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

CRISE ECONÔMICA

Cesta básica de Porto Alegre tem alta de 10,92% em 2021 e já obriga a gastar 67,12% do salário mí­nimo

O Departamento Intersindical de Estatí­stica e Estudos Socioeconômicos (Dieese) acaba de divulgar estudo sobre o valor da cesta básica em Porto Alegre. O crescimento em 2021 foi de 10,92%, e o custo dos itens básicos já chega a 67,12% do salário mí­nimo.

Conforme os dados levantados pelo Dieese, a cesta básica na capital gaúcha está custando R$ 682,90. Assim, a jornada de trabalho média necessária para comprar uma cesta é de 136 horas e 35 minutos. O salário mí­nimo necessário, projetado pelo Dieese, é de R$ 5.800,98, ou 5,27 vezes o mí­nimo de dezembro de 2021, de R$ 1.100,00. O Dieese considera o mí­nimo necessário para garantir condições básicas para uma famí­lia de dois adultos e duas crianças. Porém, a realidade é bem diferente: 80% dos brasileiros e brasileiras ganham menos de R$ 3,5 mil mensais, pouco mais da metade do que seria necessário conforme do Dieese. Além disso, 70% ganham até dois salários mí­nimos.

Dentre os itens da cesta básica, a maior inflação nos últimos 12 meses foi do açúcar, cujo preço ao consumidor subiu 61,73%, seguido pelo café (54,19%), pelo tomate (35,04%) , pela carne (18,76%) e pela farinha (17,20%). Dos treze produtos pesquisados, dez registraram aumento de preçoas exceções foram a batata, o arroz e a banana.

Todas as capitais registraram aumento da cesta básica em 2021

Em 2021, o valor da cesta básica aumentou nas 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. As altas mais expressivas, quando se compara dezembro de 2020 com o mesmo mês de 2021, foram registradas em Curitiba (16,30%), Natal (15,42%), Recife (13,42%), Florianópolis (12,02%) e Campo Grande (11,26%). Em dezembro de 2021, o maior custo do conjunto de bens alimentí­cios básicos foi o de São Paulo (R$ 690,51), depois o de Florianópolis (R$ 689,56) e, em seguida, o de Porto Alegre (R$ 682,90).

Veja AQUI o relatório completo.

Pelo terceiro ano seguido, salário mí­nimo não terá reajuste real

A partir deste iní­cio de 2022, o salário mí­nimo passa a R$ 1.212,00. Pelo terceiro ano consecutivo, não haverá aumento real. Em 2019, o aumento real foi de apenas 1,14%, frente a quedas no valor real do mí­nimo ocorridas em 2017 e 2018. Em 2016, o aumento real foi de apenas 0,36%. Nos últimos seis anos, portanto, o valor real do salário mí­nimo está praticamente estagnado, diferentemente da polí­tica anterior de aumento real: em 2006 houve o maior reajuste real, de 13,04%.

Veja abaixo a sequência completa: