SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

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Paulo Guedes não desiste de reforma administrativa em 2022; ministro busca pressionar aliados no Congresso para aprovar reformas

O ministro da Economia, Paulo Guedes, concedeu entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na qual demonstrou que o governo ainda não desistiu de aprovar a reforma administrativa (PEC 32/2020) em 2022, mesmo que se trate de ano eleitoral. Guedes ainda criticou os aliados do governo de Jair Bolsonaro (PL) que, no Congresso, não atuaram, segundo ele, por essa e outras reformas.

Não tive o apoio que tinha de ter , disse o ministro. Nós entramos com uma plataforma que é o resultado de uma aliança de conservadores e liberais, que funcionou politicamente para a eleição, mas a engrenagem não girou. Essa aliança não conseguiu nem implementar as propostas dos conservadores, porque os liberais têm valores um pouco diferentes, nem as reformas liberais, porque às vezes têm fogo amigo dos conservadores , criticou. Especificamente em relação às reformas (incluindo a administrativa), Paulo Guedes demonstrou que não desistiu das propostas: Nós temos de prosseguir com as reformas. Que a gente tenha menos tempo, ok. Mas o tempo que temos deve ser dedicado a seguir com as reformas. O presidente da Câmara falou que já fez a reforma tributária e está esperando o Senado avançar com a parte dele e que está disposto a retomar a reforma administrativa. O presidente do Senado também falou que vamos seguir com as reformas que são importantes para o Brasil. Então, acho que tem chance de sair a mudança no Imposto de Renda , disse.

Guedes ainda exaltou as privatizações e, nesse caso, elogiou o apoio do Congresso: Você vê como as reformas andaram em 2021, mesmo num ano de pandemia, com a aprovação da autonomia do Banco Central, dos novos marcos regulatórios do gás, do saneamento, das ferrovias e da cabotagem, além da Lei de startups, da Lei de Falências e da BR do Mar. Quando tem apoio parlamentar, a coisa anda , comentou, lamentando, porém, as dificuldades para privatizar os Correios e a Eletrobrás.

As declarações de Paulo Guedes deixam claro que servidores e servidoras não podem dar como ganha a luta contra a reforma administrativa. Mesmo com as dificuldades de um ano eleitoral, Bolsonaro e Paulo Guedes querem acelerar o desmonte dos serviços públicos e dos direitos que o governo vem promovendo desde que assumiu. O combate à reforma administrativa foi uma luta vitoriosa em 2021 graças à unidade e à mobilização das diversas categorias do funcionalismo federal, estadual e municipal, e apenas mantendo essa vigilância e essa união será possí­vel derrotar definitivamente a PEC 32.

Campanha salarial

Ao mesmo tempo, segue a luta por reposição salarial emergencial linear para os servidores e as servidoras. Sindicatos, federações e centrais já deram iní­cio a uma campanha salarial unificada. Um ato conjunto foi realizado na última semana, em Brasí­lia. As sinalizações do governo já demonstram que não há vontade polí­tica em conceder reposições, mas também mostram que a pressão e a mobilização é o único caminho para que a reposição seja conquistada. Por isso, além do último ato, já está definido um calendário de ações, organizado conjuntamente pelas centrais, federações e sindicatos. Veja abaixo:

Calendário de lutas já aprovado

O calendário de lutas nacional unificado foi aprovado pela categoria na assembleia geral do Sintrajufe/RS no dia 20 de janeiro.

27 de janeiro “ Plenária Nacional de mobilização dos servidores e servidoras públicos federais
2 de fevereiro “ Atividade simbólica, como parte do processo de mobilização pela recomposição emergencial, em Brasí­lia, com faixaço por todo o paí­s nos órgãos e nos prédios públicos
7 a 11 de fevereiroRodada de plenárias estaduais e atividades virtuais Reposição emergencial para todas e todos: 19,99% já!
14 a 25 de fevereiro “ Jornada de Luta em estado de greve
9 de março “ Greve nacional dos servidores e das servidoras federais