SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

PANDEMIA

TCU manda governo utilizar imediatamente 3 milhões de testes de Covid-19 prestes a vencer

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, nessa segunda-feira, 12, que o governo dê destinação imediata aos testes de Covid-19 fornecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e que estão prestes a vencer. Mais de 3 milhões de brasileiros e brasileiras podem ser testados com os kits que o governo mantém parados, sem envio aos estados e municí­pios.

A decisão cautelar foi assinada pelo ministro Benjamin Zymler, pede a “imediata destinação” dos kits e afirma que pode aplicar multa e responsabilizar gestores por dano ao erário caso os testes percam validade ser serem utilizados. No despacho, Zymler dá 15 dias para que o ministério informe ao TCU as providências adotadas para cumprir a determinação.

Trata-se dos mesmos kits de testes que venceram entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, mas tiveram sua validade prorrogada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Na época, o Sintrajufe/RS já denunciava a situação, que persiste e agora ganha intervenção do TCU.

A falta de empenho em distribuir os testes a estados e municí­pios não se trata, como demonstra o conjunto de ações do governo frente à pandemia, de um erro de logí­stica. É, sim, parte de uma polí­tica de não-testagem, ampliando a subnotificação e maquiando a realidade às custas das vidas de brasileiros e brasileiras. São quase 400 mil mortos no paí­s, epicentro da pandemia. Em mais de um ano de crise sanitária, nenhuma polí­tica nacional de testagem foi construí­da. Agora, também não há polí­tica nacional de vacinação que acelere a lenta marcha em que a imunização se encontra. Enquanto isso, mantemos, nas últimas semanas, médias próximas a 3 mil mortes por dia, muitas delas evitáveis, não estivéssemos sob um governo genocida e que, portanto, precisa ser interrompido o quanto antes.

Com informações do portal G1.