Em assembleia online, servidoras e servidores da Justiça Estadual do Rio de Janeiro aprovaram deflagrar greve no atendimento presencial a partir desta segunda-feira, 29. Nessa data, começaria a primeira a primeira fase do retorno, estabelecida pela administração do TJ-RJ no ato normativo 15/2020. A categoria alega falta de condições sanitárias necessárias para o trabalho presencial e para o atendimento ao público, o que colocaria em risco a vida dos servidores, parentes idosos e familiares em grupos de risco e da população em geral por causa da pandemia da covid-19.
A greve não significará uma paralisação no atendimento da Justiça estadual. O trabalho será mantido de maneira remota e também os atendimentos emergenciais, como já está acontecendo desde o início das medidas de isolamento social. O Sindjustiça/RJ também ingressou com pedido de providência protetiva dos serventuários junto ao Conselho Nacional de Justiça e lançou carta aberta à população.
O Sindjustiça/RJ afirma, em seu site, que o movimento considera a curva ascendente, o número de mortos e infectados no país, o deslocamento de servidoras e servidores, especialmente daqueles que dependem do transporte público, só agravaria o quadro catastrófico . Até o momento, 14 servidores da Justiça Estadual do Rio de Janeiro morreram em decorrência da covid-19.
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No Rio Grande do Sul, havia pressão também para a retomada, mas o Tribunal de Justiça acabou publicando, no dia 24, a resolução 11/2020-P, que alterou para 15 de julho de 2020 o início do expediente externo e fluência dos prazos processuais dos processos físicos. Segundo o Sindjus/RS, a decisão vai ao encontro da quase totalidade dos tribunais do país, que evitaram a retomada das atividades durante o período de escalada da pandemia no país.
O sindicato estadual lembra que realizou uma campanha junto da sua base, intitulada #EstamosTodosEmRisco, para sensibilizar a Administração do TJ e evitar os riscos iminentes atrelados ao grande fluxo de pessoas que seriam retomados nos fóruns de todo o estado . A entidade reforça que as vidas têm que estar sempre em primeiro lugar.
Editado por Sintrajufe/RS; fonte: Sindjustiça/RJ e Sindjus/RS