A presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Camila Lisboa, vem recebendo ameaças de morte de perfis de extrema direita pela internet. As ameaças começaram após a greve da categoria, que encurralou o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o obrigou a aceitar parte das reivindicações da categoria.
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Do dia 24 de março até a última segunda-feira, 27, Camila recebeu três ameaças de morte em mensagens particulares via Instagram. Além disso, imagens de dirigentes do sindicato atuando na greve e seus perfis em redes sociais foram divulgados em grupos de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), com xingamentos e mensagens de ódio contra a greve, a entidade sindical e seus dirigentes.
Em nota, o sindicato diz que as ameaças de morte à presidente da entidade revelam grave conteúdo misógino e racista, característico da extrema direita e do ódio político que tomou conta do país nos últimos anos. Desde já reafirmamos que essas ameaças não irão nos calar. A categoria metroviária seguirá sua luta por direitos, por um transporte público de qualidade e pela catraca livre , diz a nota. O texto é concluído explicando que as medidas jurídicas e de segurança já estão sendo tomadas. Mas, é necessário que todo o movimento social e democrático repudie veementemente esta prática. Além disso, o poder público e a Justiça devem atuar em favor da proteção dos dirigentes sindicais e da célere investigação, apuração e punição dos criminosos .
Veja abaixo a nota completa do Sindicato dos Metroviários de SP:
Depois da greve que encurralou Tarcísio de Freitas, Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários SP, recebe ameaças de morte de perfis de extrema direita pela internet
A poderosa greve que colocou o tema da catraca livre na ordem do dia, e escancarou a mentira do governador Tarcísio de Freitas, gerou uma sequência de ataques da extrema direita ao Sindicato dos Metroviários e a alguns de seus dirigentes.
Do dia 24 de março para cá, a presidenta do Sindicato recebeu três ameaças de mortes em mensagens particulares via Instagram. Além disso, imagens de dirigentes do Sindicato atuando na greve e perfis das redes sociais dos mesmos foram veiculados em grupos bolsonaristas, com xingamentos e mensagens de ódio contra a greve, a entidade sindical e seus dirigentes.
As ameaças de morte à presidenta da entidade revelam grave conteúdo misógino (ódio a mulheres) e racista, característico da extrema direita, do ódio político que tomou conta do país nos últimos anos e que matou Marielle Franco.
Desde já reafirmamos que essas ameaças não irão nos calar. A categoria metroviária seguirá sua luta por direitos, por um transporte público de qualidade e pela catraca livre.
As medidas jurídicas e de segurança já estão sendo tomadas. Mas, é necessário que todo o movimento social e democrático repudie veementemente esta prática. Além disso, o poder público e a Justiça devem atuar em favor da proteção dos dirigentes sindicais e da célere investigação, apuração e punição dos criminosos.