SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

PRÁTICA ANTISSINDICAL

Governo do Paraná pede “imediata prisão” da presidente do sindicato dos professores do estado; categoria está em greve contra lei que entrega gestão das escolas públicas à iniciativa privada

O governo do Paraná solicitou, nessa quarta-feira, 5, a prisão da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Walkiria Olegário Mazeto. A justificativa é o descumprimento da decisão judicial que determina o fim da greve dos professores da rede estadual. O movimento paredista teve início na segunda-feira, 3, devido ao projeto de lei do governador Ratinho Junior (PSD) que autoriza a entrega da gestão das escolas estaduais para empresas privadas. A proposta foi aprovada pela Assembleia Legislativa no dia 4 e já sancionada pelo governador.

O documento em que é pedida “a imediata prisão” da sindicalista foi assinado pela procuradora do estado Mariana Carvalho Waihrich e enviado ao desembargador Marcelo Wallbach Silva, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Foi solicitado, também, que Walkiria pague multa de R$ 10 mil por dia e o sindicato, de R$ 100 mil por dia. O texto da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) destaca que, em liminar proferida no dia 1º de junho, a desembargadora Dilmari Helena Kessler determinou a suspensão da greve prevista para iniciar no dia 3, mas a ordem foi descumprida. A banalização de pedido de prisão de dirigentes sindicais é uma afronta à organização dos trabalhadores.

“Essa é só mais uma prática antissindical desse estado contra a entidade APP-Sindicato e contra todos os movimentos que possam fazer luta”, disse Walkiria, na manhã de quarta-feira, em manifestação em frente à Secretaria de Estado de Educação (Seed-PR).

Em nota, a APP-Sindicato disse estar “tomando todas as medidas políticas e jurídicas necessárias para o cancelamento imediato desta proposição que não possui qualquer fundamento legal” e que recorreu da decisão, respondendo aos questionamentos da Justiça. “Ressaltamos que todos os procedimentos adotados pela APP-Sindicato tem zelado pelo cumprimento das normas, para assegurar a legalidade da greve”, complementa o sindicato.

Com informações de G1 e APP-Sindicato