O ato organizado pela Frente dos Servidores, com a participação do Sintrajufe/RS, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantis, reuniu centenas de manifestantes, na noite dessa quarta-feira, 24, em Porto Alegre, para denunciar os efeitos da privatização da CEEE e o sofrimento de milhares de gaúchos que ficaram sem água e luz após a tempestade do dia 16. Até esta quinta-feira, 25, ainda havia pontos sem luz no estado. A manifestação exigia a reestatização da empresa e investimentos emergenciais.
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Durante o protesto, os participantes destacaram o descaso dos governos estadual e municipal e apontaram as dificuldades enfrentadas pela população devido ao péssimo serviço da CEEE Equatorial, nas mãos de uma empresa privada.
Não faltaram alertas
O presidente do Sindicato dos Eletricitários do RS (Senergisul), Antonio Jailson da Silva Silveira, destacou que a categoria vem alertando a sociedade há dois anos sobre os problemas causados pela privatização, com a demissão de trabalhadores, terceirizações e más condições de trabalho. Trabalhadores estão morrendo , lamentou, referindo-se a dois óbitos recentes de funcionários de terceirizadas da CEEE Equatorial.
Lidiane Machado, líder comunitária da Vila Farrapos, enfatizou o descaso das gestões Melo e Leite com os territórios periféricos da capital. As pessoas com suas casas alagadas, com comida estragando na geladeira, perdendo remédios que precisam de refrigeramento e nada do poder público. É um absurdo! Prometem melhorias nas comunidades, porém, nada é feito. Só aparecem para tirar fotos! .
Everton Gimenis, presidente em exercício da CUT/RS, denunciou as irregularidades na venda da estatal e defendeu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias. A base do governador é contra a CPI, pois não querem que venha à luz a negociata feita por esse desgoverno para realizar a privatização. Tiveram de tirar a emenda da Constituição Estadual que dizia que para privatizar uma empresa pública tinha de consultar o verdadeiro dono, que é o povo gaúcho , lembrou Gimenis.
Márcia Coelho, diretora do Sintrajufe/RS, considerou importante a participação no ato realizado em defesa da dignidade dos moradores da capital e de outras regiões do estado: Não é possível continuarmos reféns de uma empresa que só visa ao lucro, colocando a redução de custos e de serviços acima das necessidades da população. As privatizações de serviços essenciais são erros que estão sendo corrigidos em diversos países europeus e até nos EUA. O RS precisa desfazer a privatização da CEEE imediatamente .
Fotos Sintrajufe/RS e Cpers/Sindicato
