SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

BOMBARDEIOS QUE NÃO PARAM

CUT publica resolução de solidariedade ao povo palestino, por cessar-fogo e fim do bloqueio

A CUT Nacional publicou nota de solidariedade ao povo palestino, na qual exige o cessar-fogo e o fim do cerco à Faixa de Gazacom acesso urgente da população a comida, água, medicamentos, energia, combustí­vel e demais serviços básicos. A Central defende o direito do povo palestino a ter seu território e exige a libertação dos reféns em poder do Hamas, entre outros pontos.

As atrocidades cometidas por Israel contra o povo palestino em retaliação aos ataques do Hamas em seu território, em 7 de outubro, foram condenadas pela CUT Nacional. A Central questiona ainda a estratégia expansionista e colonialista da extrema direita israelense que pode se constituir em um verdadeiro genocí­dio contra os 2,2 milhões de pessoas que vivem na Faixa de Gaza, em sua maioria mulheres e crianças. Condena também o ataque do Hamas que vitimou mais de mil pessoas e sequestrou outras centenas, e exige a libertação dos reféns israelenses, entre eles, jovens, crianças e mulheres.

Resolução em solidariedade ao povo palestino

A Central única dos Trabalhadores (CUT) sempre foi solidária à luta pela autodeterminação do povo palestinodireito que lhe é negado há 75 anos pelo Estado de Israel em sua polí­tica0 colonial de ocupação e bloqueio de territórios.

A extrema direita israelense construiu e vem por décadas implementando uma estratégia de extermí­nio do povo palestino. Essa estratégia acabou fortalecendo grupos fundamentalistas e enfraquecendo os representantes laicos e democráticos do povo palestino, inviabilizando, dessa forma, as tentativas de solução pací­fica dos conflitos, promovidas pela ONU e pela Comunidade Internacional.

A CUT repudia os atos de terror que vitimaram mais de mil civis israelenses, incluí­das idosos crianças, mulheres grávidas e, inclusive, brasileiros, no último dia 7 de outubro.

Nos causa estranheza que um sistema de inteligência e informação tido com um dos mais avançados do mundo, como o de Israel, não tenha detectado antecipadamente a preparação dos ataques promovidos pelo grupo Hamas. Nesse sentido, a própria imprensa israelense, como o prestigioso jornal Haaretz, atribui a responsabilidade pela atual situação no Oriente Médio ao governo de Netanyahu, um governo racista, colonizador, autoritário e belicista, que criou uma situação de ataques cotidianos aos palestinos também na Cisjordânia, em Jerusalém oriental, e que foi questionado por grandes mobilizações dentro do próprio Estado de Israel.

A CUT repudia que os ataques perpetrados pelo Hamas estejam sendo utilizados pela extrema direita israelense para escalar sua estratégia expansionista e colonialistaque pode se constituir em um verdadeiro genocí­dio contra o povo palestino.

A CUT soma sua voz à de todos aqueles que no plano internacional condenam de forma veemente os crimes de guerra cometidos pelo governo sionista de Israel e exige um cessar-fogo imediato, a suspensão do cerco à Faixa de Gazacom acesso urgente da população a comida, água, medicamentos, energia, combustí­vel e demais serviços básicos. É inadiável e urgente a retomada das negociações do Estado de Israel com os legí­timos representantes do povo palestino.

A CUT reafirma seu incondicional apoio às reivindicações pela libertação imediata dos reféns e dos presos polí­ticos, pela garantia do direito de retorno aos refugiados e pela derrubada imediata do muro do apartheid e dos checkpoints que submetem diariamente as trabalhadoras e os trabalhadores palestinos a humilhações.

A CUT reconhece e manifesta seu apoio aos esforços realizados pelo governo do Brasil, liderado pelo Presidente Lula, para mediar uma resposta diplomática à crise e para facilitar a repatriação das brasileiras e dos brasileiros da região do conflito.

Por fim, a CUT continua defendendo que o direito internacional, as resoluções da ONU, a primazia da dignidade da pessoa humana e dos direitos humanos sejam respeitados. O direito dos palestinos a um Estado nacional soberanonegado ainda hojeé inegociável e continua contando com o nosso histórico endosso.

São Paulo, 01 de Novembro de 2023.

Fonte: CUT Nacional