SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

COBRANÇA

CUT cobra reajuste salarial para servidores do Executivo federal em 2024

Durante um evento das centrais sindicais em preparação para o 1º de Maio, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, cobrou do governo Lula (PT) a concessão de reajuste salarial para os servidores e as servidoras do Executivo federal ainda em 2024. Conforme o dirigente, a falta de avanço nas negociações pode resultar em uma greve nacional.

Avaliando a posição das entidades sindicais em meio às negociações, Nobre disse que “reajuste zero, só derrotado”. Disse, ainda, que uma “mesa de negociação nem sempre chega a acordo, mas é muito importante acontecer. E ela está acontecendo”. O sindicalista cobrou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “encontre um espaço dentro do orçamento para atender a reivindicação dos trabalhadores”.

Em relação ao acordo proposto, Nobre comentou que os servidores enfrentaram sete anos sem diálogo e destacou o avanço representado pelo aumento de 9% concedido no ano passado. Ele ressaltou que além das questões salariais, há demandas relacionadas a carreiras e remunerações: “Se não houver proposta nenhuma, o sindicato foi feito para lutar e as centrais vão dar todo o apoio à luta dos servidores públicos”, afirmou Nobre.

Greve na educação

Conforme a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, o governo pretende usar parte dos recursos recentemente liberados para conceder reajustes a servidores públicos federais. A prioridade seria aumentar o salário dos servidores da educação e os benefícios de outras categorias. A greve dos servidores técnicos das universidades federais já dura cerca de um mês e, no início de abril, ganhou também a adesão dos servidores dos institutos federais. Há ao menos 48 universidades federais e 71 institutos em greve, de acordo com levantamento do portal G1.

Marcha a Brasília

As declarações do presidente da CUT foram dadas durante a apresentação à imprensa da programação do 1º de Maio, Dia dos Trabalhadores. Além das mobilizações dessa data, a CUT marcou para o dia 22 de maio uma Marcha a Brasília, que terá na pauta diversas demandas da classe trabalhadora, incluindo reivindicações especificamente vinculadas aos serviços públicos.

Entre as reivindicações da Marcha, estão: revogação da reforma trabalhista e da lei da terceirização; revogação da reforma da Previdência; revogação do Novo Ensino Médio; valorização do serviço público e defesa da Convenção 151 da OIT; correção da tabela de Imposto de Renda, entre outros pontos. Conforme a CUT explica na divulgação da Marcha, “a defesa dos serviços públicos é uma bandeira de toda a classe trabalhadora brasileira. Para a CUT, é impossível um verdadeiro desenvolvimento nacional sem a presença e a existência de um Estado forte e presente”.