No último sábado, 8, ocorreu o Encontro das Mulheres da CUT/RS, na sede do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários). Foi um momento de organização e fortalecimento para as lutas do ano de 2025. A atividade reuniu trabalhadoras de diversas categorias para discutir estratégias e pautas prioritárias, com destaque para a mobilização do 8 de Março, Dia Internacional da Mulher. O Sintrajufe/RS esteve presente, representado pela diretora Cristina Viana, pela diretora de base Jusilda Pedrollo (JF Santa Maria) e pela colega Mara Weber, ex-diretora do sindicato, que foi a palestrante em uma das mesas.
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Durante a manhã, as participantes fizeram uma análise de conjuntura, debatendo os desafios políticos e econômicos que impactam as mulheres trabalhadoras. No período da tarde, foram discutidas questões como a política de cuidados e a redução da jornada de trabalho, uma luta histórica da CUT que vem ganhando visibilidade a nível nacional.
Além disso, as mulheres cutistas se organizaram para a participação na Marcha das Mulheres Negras, em Brasília, prevista para novembro, reafirmando o compromisso com a interseccionalidade das lutas feministas e antirracistas. Outro ponto importante do encontro foi a apresentação das atividades já programadas por diversos sindicatos para os meses de fevereiro e março, demonstrando a ampla mobilização da CUT/RS para pautas feministas e trabalhistas.
De acordo com a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/RS, Suzana Lauermann, o encontro foi essencial para definir as bandeiras de luta e planejar a atuação sindical e feminista ao longo do ano. “O 8 de Março é a primeira grande luta do ano, e nele levantamos nossas principais reivindicações. Foi um espaço de reflexão e planejamento, onde também discutimos a conjuntura política e social, o que foi fundamental para a organização do dia”, afirmou. “Saímos todas muito motivadas e preparadas para os desafios que nos aguardam em 2025, com a certeza de que as mulheres da CUT estão dispostas a lutar e fazer acontecer”, destacou ela.
A diretora do Sintrajufe/RS Cristina Viana avalia que “o Encontro discutiu com muita propriedade a conjuntura e o impacto sobre as vidas das mulheres, para nos preparar para as lutas que virão este ano. Temos experiências e organização que nos possibilitam enfrentar os desafios que se puserem à frente e isso ficou muito bem demonstrado nas falas que se sucederam. Destaco a importante conquista que foi a Política Nacional de Cuidados, projeto sancionado pelo presidente Lula no ano passado e que se volta para a população de crianças, adolescentes, pessoas com deficiência e idosos e idosas, e em especial com o objetivo de redistribuir o trabalho de cuidados destas pessoas que recai historicamente sobre as mulheres. Assim, temos que nos preocupar e incidir em como será colocada em prática esta política. Saímos do encontro estadual bem preparadas para todos os desafios que teremos em 2025 e logo mais para o dia 8 de Março, em que devemos fazer um grande ato”.

Para a diretora de base Jusilda Pedrollo, “participar do Encontro Estadual de Mulheres da CUT foi uma experiência memorável. Agradeço ao Sintrajufe e aos colegas da JF de Santa Maria que me elegeram sua representante e me proporcionaram esta imersão. Aprender com grandes mulheres que compartilharam lutas, dividiram vivências e sofrimentos, ao lado de duas ícones da luta de classe e exemplos de mulheres sindicalistas, Cris e Mara, foi uma grande experiência”.
Conforme a colega Mara Weber, o Encontro “foi muito significativo porque é uma continuação do trabalho que estávamos desenvolvendo quando eu estava à frente da secretaria. E mais significativo ainda é que a atual secretária, que me substituiu, é uma dirigente jovem do Cpers, é uma passagem geracional que a gente tanto precisa, essa renovação. Fizemos um resgate do que a gente tinha construído, desde a reunião com todos os macro setores, resgatamos o que já tínhamos acumulado e partimos agora para as ações de 2025, para o 8 de março. O objetivo é levar o mundo do trabalho das mulheres para o 8 de Março. Tanto as mulheres que estão no trabalho remunerado quanto no trabalho que não é remunerado, de todos os cuidados da sociedade. E seguimos na luta por um mundo sem violência, por um mundo onde o feminicídio não exista. Estamos lutando pelas nossas vidas, pelas vidas das mulheres trabalhadoras, seja enfrentando a violência doméstica, seja enfrentando também a violência no mundo do trabalho. E a busca de uma equidade de oportunidades. É isso o que a gente debateu. E se organizou para que as pautas das mulheres vão para as mesas de negociação coletiva, para as ruas no 8 de Março e, após o 8 de Março, continuem repercutindo nas nossas lutas diárias”.
Fonte: CUT/RS