Ganhou forte repercussão a criação do novo benefício que juízes e juízas podem passar a receber já na folha de novembro. Nos últimos dias, a mídia nacional vem publicando diversas matérias sobre a medida, que pode gerar dez folgas por mês ou até R$ 11 mil mensais para a magistratura por conta de “atividades administrativas ou processuais extraordinárias”.
Notícias Relacionadas
Sem impacto financeiro?
No final de outubro, o CNJ aprovou resolução que garante a equiparação dos benefícios recebidos por juízes e integrantes do Ministério Público da União (MPU). Embora a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) afirme que a resolução não provocará “qualquer impacto financeiro extraordinário, uma vez que eventuais despesas se darão dentro dos orçamentos dos tribunais”, conforme noticiado pelo portal G1, haverá impacto no sentido de direcionamento de uma parte ainda maior dos orçamentos dos tribunais para os magistrados. E esse impacto começou a ser sentido rapidamente: no dia 8 de novembro, justamente com base na resolução da equiparação, o Conselho da Justiça Federal (CJF) definiu que os juízes federais poderão ter direito a até dez folgas por mês ou compensação equivalente em dinheiro por conta de “atividades administrativas ou processuais extraordinárias”, tal qual foi recentemente regulamentado no âmbito do MPU.
No dia seguinte à primeira matéria do Sintrajufe/RS, o jornal Extra noticiou o novo benefício. Foi seguido, depois, pelos jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Correio Braziliense, pelo portal Uol, Jovem Pan, pela revista Carta Capital, pela Band e pela Globo News.
Cascata: TRT4 se movimenta, TJGO cria benefício
Conforme o Sintrajufe/RS noticiou nesta semana, o TRT4 também já iniciou movimentos que geram preocupação nesse sentido: o tribunal acaba de criar um grupo de trabalho para “estudo da simetria entre as carreiras de membros da Magistratura e do Ministério Público”. Também o Tribunal de Justiça de Goiás já se movimentou: por meio de resolução, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) definiu a instituição da “licença compensatória” para seus juízes e juízas.

Sintrajufe/RS convoca colegas para mobilização na vinda de Barroso a Porto Alegre
No dia 17 de novembro, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), estará em Porto Alegre para uma atividade promovida pelo TRT4. Nessa data, o Sintrajufe/RS irá realizar um ato público em frente ao prédio-sede do tribunal, a partir das 16h. A pauta principal é a antecipação para 2024 da última parcela da reposição salarial da categoria, prevista para 2025. Participe!