SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

JUSTIÇA ELEITORAL

Até dia 13, TRE-RS promove eleição para Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação; colegas apresentam candidaturas

TRE-RS suspende plantões e horário extraordinário e determina retorno ao trabalho remoto; sindicato requer pagamento de adicional por serviço extraordinário já realizado no trabalho remoto

Está aberta até sexta-feira, 13, a eleição de representantes da categoria para a Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação do TRE-RS. A votação acontece pela intranet do tribunal. Cada servidor ou servidora pode votar em uma candidata.

Seguindo critério utilizado em outras votações similares, o Sintrajufe/RS contatou as colegas sindicalizadas que estão concorrendo, abrindo espaço nos meios de comunicação do sindicato para que divulgassem suas candidaturas.

As colegas Jacqueline Frison Frichembruder (73ª ZE São Leopoldo) e Daiane Conte (142ª Bagé) enviaram material de apresentação ao sindicato.

Daiane Conte

O assédio é um tema que me chama muita atenção, pois muitos órgãos públicos não estão preparados para lidar com esse tipo de situação. E, embora exista lei para combate ao assédio sexual, o assédio moral ainda não tem uma legislação especí­fica que trate sobre o assunto.

Assim, é importante não só solucionar, mas também prevenir as situações humilhantes repetidamente ocorridas no ambiente de trabalho e que afetam o emocional dos servidores. Para tanto, medidas de prevenção, tais como acompanhamento do clima organizacional do tribunal, informação e conscientização dos servidores de forma permanente e capacitação periódica dos gestores são imprescindí­veis para evitar o conflito.

Também a discriminação, em todas as suas formas, deve ser combatida com severidade. Os órgãos públicos têm de estar preparados para agir de forma efetiva em uma situação de discriminação. Para isso, é importante investir em campanhas de conscientização quanto aos vários tipos existentes de intolerância (racial, homofóbica, sexista, religiosa, geriátrica, etc.) e as maneiras em que podem ocorrer (visí­vel, invisí­vel, abstrata ou concreta).

Candidatei-me a uma vaga na Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação para contribuir, de alguma forma, na mitigação de ocorrências desses tipos de conflitos dentro do TRE/RS.

Jacqueline Frison Frichembruder

Não precisarí­amos de uma comissão para tratar de assédio moral e discriminação, em um mundo ideal, onde a urbanidade e respeito compusessem a dinâmica das relações. Mas sabemos que não é assim, infelizmente. É necessário um canal de escuta e, sobretudo, de acolhimento que proponha soluções quando o direito à dignidade do trabalhador é atingido.

Muitos ainda se perguntam qual a importância do assédio em um tribunal que tem tantas outras preocupações (ainda mais neste momento!) e se esquecem de que, fundamentalmente, as instituições são formadas por pessoas e que o assédio pode ter consequências sobre a saúde fí­sica e/ou psí­quica do indiví­duo. Quando alguém sofre assédio, ele adoece, entristece, e essa situação se refletirá na sua vida familiar e no seu trabalho, atingindo mais pessoas. Reside aí­ a importância de romper esse ciclo. Me candidatei à vaga na Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio e à Discriminação do TRE-RS para tentar contribuir, dentro dos limites desta Comissão, para um melhor ambiente de trabalho.

Há mais de quinze anos sou analista judiciário no TRE, lotada na 73ª em São Leopoldo, graduada em História (Unisinos), Museologia (UFRGS) e estudante do pós-graduação em Direitos Humanos (PUC).