SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

MOBILIZAÇÃO UNIFICADA

Sintrajufe/RS participa de ato unificado por reposição salarial, próxima atividade será dia 23

Na manhã desta terça-feira, 15, o Sintrajufe/RS participou de ato público em defesa de reposição salarial para os servidores e as servidoras. A atividade aconteceu em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, e reuniu entidades representativas do funcionalismo municipal, estadual e federal.

Centenas de servidores e servidoras estiveram no protesto, puxado pelo Cpers/Sindicato a partir da Frente dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (FSP). Em reunião na última semana, a FSP, da qual o Sintrajufe/RS faz parte, definiu pela realização da atividade. O objetivo é manter a unidade construída no ano passado e que impediu a aprovação da reforma administrativa (PEC 32/2020) em 2021, reunindo na luta servidores, servidoras e entidades das três esferas do funcionalismo. Essa unidade será fundamental para enfrentar a ofensiva geral dos governos estaduais, prefeituras e governo federal que tentam impor congelamento salarial aos servidores.

No ato desta terça, destacou-se a defesa da reposição salarial aos servidores estaduais, em especial os da Educação. O Cpers denuncia que o governo de Eduardo Leite (PSDB) mente quando afirma que garantiu reajuste de 32% à categoria; na verdade, conforme o sindicato, 86% da categoria não recebeu a reposição salarial de 32% e, ao absorver a parcela de irredutibilidade no subsídio, Leite obrigou os educadores e as educadoras a pagar o reajuste com o dinheiro do próprio bolso. Além disso, cerca de 25 mil funcionários de escola ficaram sem reposição e quase 10 mil aposentados não têm paridade, de forma que não foram beneficiados igualmente.


Nova mobilização está marcada para o dia 23, reunião com Fux será hoje

A reunião da FSP que marcou o ato desta terça também definiu uma data para a próxima mobilização. No dia 23 de fevereiro, novo protesto acontece como parte da campanha salarial unificada. A atividade será às 10h, no prédio da Receita Federal em Porto Alegre, conhecido como “Chocolatão”. O local foi escolhido por ser uma representação do governo federal na capital gaúcha.

Os sindicatos e federações de servidores federais estão em campanha por reposição de 19,99%, representando as perdas acumuladas apenas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). No fim da tarde desta terça, a Fenajufe reúne-se com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, para tratar do tema.

Unidade para lutar

Ainda no ato desta terça, o diretor do Sintrajufe/RS Marcelo Carlini lembrou a perseguição da prefeitura de Florianópolis aos sindicalistas que constroem uma greve no funcionalismo municipal. Ele apontou que “esses governos não conseguem conviver com a existência das nossas entidades, dos nossos sindicatos. Não é exagero dizer que estamos em uma guerra, uma guerra contra o serviço público, que tentaram destruir com a PEC 32. Não é exagero dizer que eles têm medo das nossas mobilizações. Assim como impedimos, unificados, a aprovação da PEC 32 em 2021, vamos arrancar o reajuste salarial desses governos que querem nos destruir. Vamos seguir nossa luta unificada para cobrar dos governos aquilo que eles nos devem. Chega de congelamento, chega de ataque, viva a nossa unidade!”, completou.

A diretora Clarice Camargo destaca que o ato foi bastante representativo: “Foi importante porque teve muitas manifestações de diferentes entidades, demonstrando que as categorias estão unidas pelo reajuste salarial. Foi bom também que teve manifestações dos federais e municipais. No nosso caso, falando da nossa luta por reposição salarial. O foco principal do ato foram as denúncias contra o governo Leite, e é bom que isso chegue mais à população, porque ele está trabalhando quieto, fazendo as artimanhas, venda de empresas, de patrimônio do estado. Tudo isso precisa vir à tona. E, para mim, o que ficou também bem marcante é a forma de governar do nosso estado, que é tal e qual a política do Bolsonaro. É nessa tecla que vamos ter que bater, fora Leite e fora Bolsonaro, porque ambos estão com esse mesmo propósito de desmonte dos serviços públicos, desqualificação dos serviços para depois vender a preço de banana, como foi o caso da CEEE. Foi bastante importante o ato, porque unifica as categorias, faz essas denúncias e fortalece a luta, que será grande, mas muito necessária”.

Para o diretor Zé Oliveira, “o ato de hoje foi mais um momento a reforçar a unidade da luta de servidores federais, estaduais e municipais, legado da Frente dos Servidores Públicos no Rio Grande do Sul. A política contra o serviço público, aplicada no âmbito federal por Bolsonaro, é a mesma do governador Eduardo Leite no Rio Grande do Sul. As perdas salariais se avolumam e, respeitado, lógico, o âmbito de cada luta, é fundamental que estejamos presentes, de forma unificada, em cada manifestação, como a de hoje, puxada pelo Cpers e entidades estaduais, pois só assim garantiremos a valorização do serviço público e, inclusive, a reposição das perdas salariais, que todos temos sofrido, sejam servidores municipais, estaduais ou federais”.