SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

REFORMA ADMINISTRATIVA

Ampliada da Fenajufe reforça importância de intensificar luta contra a reforma administrativa

No último final de semana, a Fenajufe realizou reunião ampliada, por videoconferência, reunindo representantes de todo o país. Na manhã de sábado, 15, ocorreu um dos debates mais prementes do momento, tratando da reforma administrativa (PEC 32/2020). A reunião apontou para a necessidade de intensificar a luta contra a proposta e para a urgência da construção de um calendário de mobilização da categoria, além da defesa da Justiça do Trabalho frente à minuta do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) que prevê a reestruturação do ramo.

Após a abertura da ampliada, o assessor parlamentar da Fenajufe Thiago Queiroz falou sobre a tramitação da reforma administrativa na Câmara dos Deputados. Queiroz explicou que a composição atual do Congresso Nacional se destaca por ser reformista e pouco afeita ao diálogo, característica que vem desde o governo Temer.

Na segunda-feira, 17, aconteceu a leitura relatório do deputado governista Darci de Matos (PSD-SC) pela admissibilidade da proposta. De acordo com o assessor parlamentar, a previsão é que a votação na CCJ ocorra na quinta-feira, 20; governo conta com a maioria na comissão, algo em torno de 36 a 46 votos a favor, contra 16 a 20 da oposição.

Thiago alertou sobre o intento do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de atropelar o rito da PEC 32 na Casa. Lira já indicou o presidente e relator da Comissão Especial. O deputado Fernando Monteiro (PP-PE) presidirá a comissão; já o deputado Arthur Maia (DEM-BA) será o relator. A previsão é de que ocorram 40 sessões nesta comissão e, segundo Thiago, o relatório deverá ser apresentado entre 22 e 29 de junho ou início de julho.

O assessor também avaliou o impacto das alterações no Regimento Interno da Câmara que tem o objetivo de calar as oposições e as minorias, tornando mais difíceis os mecanismos de contrapesos na Casa. Com isso, os maiores prejudicados, são os trabalhadores públicos e privados e a população em geral, favorecendo, principalmente, o lobby das grandes corporações.

Veja a íntegra da fala de Thiago Queiroz.

Editado por Sintrajufe/RS; fonte: Fenajufe.