A Federación Judicial Argentina (FJA) está convocando os trabalhadores e as trabalhadoras do Judiciário daquele país para uma Jornada Nacional de Luta nesta quinta-feira, 23. A mobilização se dá no momento em que o governo de Javier Milei aprofunda a crise econômica, social, política e institucional, com sucessivos ataques à liberdade sindical, e os órgãos do Judiciário se negam a cumprir o direito constitucional de negociação coletiva.
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A Jornada defende a negociação coletiva e a imediata recomposição salarial. Além disso, coloca-se contra o que a FJA chama de “atropelos antidemocráticos e inconstitucionais” registrados em várias províncias argentinas.
Embates nas províncias
Na província de Río Negro, as trabalhadores e os trabalhadores do Judiciário vêm enfrentando uma luta contra a reforma legislativa impulsionada pelo Superior Tribunal de Justicia, com aval do governo provincial. A medida pretende restringir o direito constitucional à negociação coletiva e cortar a representação sindical.
Em Mendoza, o Executivo provincial encerrou a comissão paritária por decreto, fixou um reajusta insuficiente unilateralmente e tentou impor uma cláusula de “paz social” para impedir a greve, buscando declará-la ilegal e inconstitucional. Segundo a FJA, esses conflitos transcenderam as fronteiras provinciais e “adquirem, necessariamente, uma dimensão nacional”.