A mobilização realizada pelos sindicatos, por centrais e movimentos sociais em Porto Alegre e em diversas cidades do país no sábado, 1º de maio, mantém toda a relação com a luta que deu origem à data. Nesse mesmo dia, em 1886, trabalhadores americanos foram às ruas das maiores cidades do país para exigir a redução da jornada de trabalho.
Notícias Relacionadas
Após uma brutal repressão aos trabalhadores e ocupação de entidades pela polícia, sindicalistas foram perseguidos, presos e enforcados. Se hoje há uma jornada máxima de trabalho, é porque sindicalistas como Adolph Fischer, George Engel, Albert Parsons e August Spies (enforcados por terem protestado em 1/5/1866), dedicaram suas vidas a organizar a luta de nossa classe contra a exploração, por direitos e melhores condições de trabalho.
Sindicato preparou a participação em assembleia
Em meio à pandemia, após realizar uma assembleia pela internet com mais de 100 colegas presentes, o Sintrajufe/RS aprovou a participação da entidade nas mobilizações convocadas. Na pauta, a luta contra a reforma administrativa, por auxílio emergencial de R$ 600,00, a defesa dos direitos e dos empregos e o fim do governo Bolsonaro.
Numa manhã ensolarada de sábado, no palanque organizado em frente ao Mercado Público, dezenas de sindicalistas e militantes de movimentos sociais se revezaram apontando a responsabilidade dos governos sobre a pandemia descontrolada que já custou mais de 400 mil vidas. Também falas que denunciavam o desemprego e a fome que ronda mais de 100 milhões de brasileiros e brasileiras.
No meio da atividade, cinco caminhões de alimentos recolhidos pelo MST passaram pelo Largo Glênio Peres e se dirigiram a bairros pobres da cidade. Sindicatos e centrais também fizeram arrecadações. Ao final do dia, uma live cultural, retransmitida pelo Sintrajufe/RS, que levou música e esperança para uma plateia que reuniu milhares de pessoas.
Na praça, o ato teve a presença de diversos colegas da categoria e encheu de ânimo os presentes para o prosseguimento da luta. Sem ela, não será possível derrotar a PEC 32/2020 e colocar fim a este governo.