A 7ª edição da Marcha das Margaridas, maior manifestação de mulheres da América Latina, ocorrerá nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília, com o tema Pela reconstrução do Brasil e pelo bem viver . O Sintrajufe/RS estará presente no evento, que completa 23 anos e tem previsão de participação de mais de 150 mil mulheres de todo o país.
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Para ampliar a participação da representação de mulheres do Poder Judiciário e do Ministério Público, a Fenajufe buscou unificar as atividades com a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Estadual (Fenajud) e a Federação Nacional dos Trabalhadores dos Ministérios Públicos Estaduais (Fenamp). As três entidades estão organizando atividades conjuntas de formação que incluem oficinas e cartilha.
A Pauta da Marcha das Margaridas foi entregue ao governo federal durante evento com a participação de 13 ministras e ministros de Estado, no Palácio do Planalto, no dia 21 de junho. No mesmo dia foi entregue para o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), a pauta voltada ao Legislativo.
As propostas estão organizadas em 13 eixos temáticos:
- Democracia participativa e soberania popular;
- Poder e participação política das mulheres;
- Vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo;
- Autonomia e liberdade das mulheres sobre o seu corpo e a sua sexualidade;
- Proteção da Natureza com justiça ambiental e climática;
- Autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética;
- Democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios;
- Direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns;
- Vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional;
- Autonomia econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda;
- Saúde, Previdência e Assistência Social pública, universal e solidária;
- Educação Pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo;
- Universalização do acesso à internet e inclusão digital.
Confira AQUI material informativo sobre cada eixo.
Sobre a Marcha
A Marcha tem como força inspiradora a luta de Margarida Maria Alves, mulher trabalhadora rural nordestina e líder sindical. Por 12 anos, ela foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, cargo poucas vezes ocupado por mulheres.
Por lutar pelo direito à terra, pela reforma agrária, por educação, por igualdade e por defender direitos trabalhistas e vida digna para trabalhadoras e trabalhadores rurais, Margarida Alves foi assassinada na porta da sua casa, no dia 12 de agosto de 1983. Seu nome se tornou um símbolo nacional de força e coragem cultivado pelas mulheres e homens do campo, da floresta e das águas.
É em nome dessa luta que, a cada quatro anos, no mês de agosto, milhares de Margaridas de todo o país marcham em Brasília, por justiça, igualdade e paz no campo e na cidade. Nós nos guiamos pelos princípios do feminismo anticapitalista, antirracista e antipatriarcal. Um feminismo que valoriza a vida, vinculado à defesa da agroecologia, dos territórios, dos bens comuns e da soberania e autodeterminação dos povos , explica Mazé Morais, secretária de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e coordenadora-geral da Marcha das Margaridas.
Com informações da Fenajufe e da Contag