O próximo sábado, 29, será um dia de mobilizações em todo o país. Em dezenas de capitais e cidades do interior em todo o país, trabalhadores e trabalhadoras estarão nas ruas para protestar. Na pauta, a luta contra a reforma administrativa, a defesa de auxílio emergencial de R$ 600 e de vacina para todos e todas, de forma gratuita e pelo SUS, além do chamado por Fora Bolsonaro. As verbas para a educação e a defesa das universidades públicas também serão tema das manifestações. Em Porto Alegre, o ato público será às 15h, em frente à Prefeitura.
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O Sintrajufe/RS é uma das entidades que está convocando todos e todas para que participem da mobilização, tomando todos os cuidados sanitários, em especial, o uso de máscara e álcool gel. Estarão presentes na mobilização representantes de sindicatos, centrais sindicais, movimentos populares e estudantis, entre outros. Além de capitais e cidades do interior em diversas partes do Brasil, também haverá mobilizações em outros países, como a Espanha, os Estados Unidos e o Uruguai. Uma manifestação unitária e ampla para derrotar Bolsonaro e seus ataques!

Veja abaixo as atividades do Rio Grande do Sul, que tivemos até o momento:
Alegrete – 15h – Calçadão |
Capão da Canoa – 15h – Prefeitura |
Caxias do Sul – 15h – Praça Dante Alighieri |
Ijuí – 15h – Praça dos imigrantes |
Lajeado – 15h – Parque dos Dick |
Osório – 15h – Praça da Matriz |
Passo Fundo – 8h – Praça da Mãe |
Pelotas – 10h – Largo do Mercado Público |
Porto Alegre – 15h – Prefeitura |
Rio Grande – 11h – Largo Dr Pio |
Rolante – 10h30min – Rua Coberta |
Santa Cruz do Sul – 15h – Parque da Oktoberfest |
Santa Maria – 10h – Praça Saldanho Marinho |
Santa Vitória do Palmar – 15h – Em Frente ao Correio |
São Leopoldo – 9h – Marco Zero |
Taquara – 9h – Rua Coberta |
Tramandaí – 15h – Prefeitura |
Viamão – 10h – Praça da Prefeitura |
Xangri-lá – 15h – Prefeitura |
“Vocês é que decidem”, disse Bolsonaro aos militares
Nessa quarta-feira, 26, um ato público serviu, em Porto Alegre, como aquecimento para o dia 29. O ato denunciou os efeitos da reforma administrativa, a falta de vacinas e testagem, as privatizações, o crescimento do desemprego e o alto custo de vida, agravado com o irrisório auxílio emergencial pago pelo governo federal por 4 meses, a contragosto do próprio governo. Em outras capitais e em Brasília ocorreram atividades semelhantes.
Bolsonaro, que por sua vez, sabe que a crise que aumenta e da sua responsabilidade sob as 450 mil mortes, sobe o tom das ameaças. No dia de hoje (27), em inauguração na cidade de São Gabriel da Cachoeira, deu outro recado: “O que queremos é paz, progresso e acima de tudo liberdade. A gente sabe que esse último desejo passa por vocês (militares). Vocês é que decidem, em qualquer país do mundo, como aquele povo vai viver. Ninguém está aqui para fazer discurso político, mas somos seres políticos”. Em nome da liberdade, Bolsonaro convoca os militares a decidirem o futuro do país, da mesma forma que colocou o general da ativa em seu palanque no Rio de Janeiro. Esse é um dos motivos pelos quais os trabalhadores não podem assistir a escalada autoritária que Bolsonaro testa.
Governo com dificuldades
Na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, o governo conseguiu aprovar a admissibilidade da reforma, mas com uma proporção de votos que, se mantida, levaria à derrota da PEC em Plenário. Em meio a crises sucessivas, Bolsonaro e Paulo Guedes encontram dificuldades em fazer avançar a reforma, que agora vai a uma Comissão Especial e, se aprovada, enfim ao Plenário, antes de seguir ao Senado.
Mantida a proporção da votação, o governo pode não aprovar a PEC, pois para isso precisa de dois terços do total dos parlamentares, em dois turnos na Câmara. Ou seja, 60% dos votos. A CCJC aprovou o parecer de deputado Darci de Matos (PSD) com 59% dos votos, insuficiente, portanto.
O momento é, portanto, de ampliar a pressão. Para isso, a mobilização é fundamental, e o ato do dia 29 poderá ser um passo decisivo.