SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

MOBILIZAÇÃO

No dia 29, todos e todas às ruas para derrotarmos a reforma administrativa e pormos fim a este governo

O próximo sábado, 29, será um dia de mobilizações em todo o paí­s. Em dezenas de capitais e cidades do interior em todo o paí­s, trabalhadores e trabalhadoras estarão nas ruas para protestar. Na pauta, a luta contra a reforma administrativa, a defesa de auxí­lio emergencial de R$ 600 e de vacina para todos e todas, de forma gratuita e pelo SUS, além do chamado por Fora Bolsonaro. As verbas para a educação e a defesa das universidades públicas também serão tema das manifestações. Em Porto Alegre, o ato público será às 15h, em frente à Prefeitura.

O Sintrajufe/RS é uma das entidades que está convocando todos e todas para que participem da mobilização, tomando todos os cuidados sanitários, em especial, o uso de máscara e álcool gel. Estarão presentes na mobilização representantes de sindicatos, centrais sindicais, movimentos populares e estudantis, entre outros. Além de capitais e cidades do interior em diversas partes do Brasil, também haverá mobilizações em outros paí­ses, como a Espanha, os Estados Unidos e o Uruguai. Uma manifestação unitária e ampla para derrotar Bolsonaro e seus ataques!

Veja abaixo as atividades do Rio Grande do Sul, que tivemos até o momento:

Alegrete – 15h – Calçadão
Capão da Canoa – 15h – Prefeitura
Caxias do Sul – 15h – Praça Dante Alighieri
Ijuí­ – 15h – Praça dos imigrantes
Lajeado – 15h – Parque dos Dick
Osório – 15h – Praça da Matriz
Passo Fundo – 8h – Praça da Mãe
Pelotas – 10h – Largo do Mercado Público
Porto Alegre – 15h – Prefeitura
Rio Grande – 11h – Largo Dr Pio
Rolante – 10h30min – Rua Coberta
Santa Cruz do Sul – 15h – Parque da Oktoberfest
Santa Maria – 10h – Praça Saldanho Marinho
Santa Vitória do Palmar – 15h – Em Frente ao Correio
São Leopoldo – 9h – Marco Zero
Taquara – 9h – Rua Coberta
Tramandaí­ – 15h – Prefeitura
Viamão – 10h – Praça da Prefeitura
Xangri-lá – 15h – Prefeitura

“Vocês é que decidem”, disse Bolsonaro aos militares

Nessa quarta-feira, 26, um ato público serviu, em Porto Alegre, como aquecimento para o dia 29. O ato denunciou os efeitos da reforma administrativa, a falta de vacinas e testagem, as privatizações, o crescimento do desemprego e o alto custo de vida, agravado com o irrisório auxí­lio emergencial pago pelo governo federal por 4 meses, a contragosto do próprio governo. Em outras capitais e em Brasí­lia ocorreram atividades semelhantes.

Bolsonaro, que por sua vez, sabe que a crise que aumenta e da sua responsabilidade sob as 450 mil mortes, sobe o tom das ameaças. No dia de hoje (27), em inauguração na cidade de São Gabriel da Cachoeira, deu outro recado: “O que queremos é paz, progresso e acima de tudo liberdade. A gente sabe que esse último desejo passa por vocês (militares). Vocês é que decidem, em qualquer paí­s do mundo, como aquele povo vai viver. Ninguém está aqui para fazer discurso polí­tico, mas somos seres polí­ticos”. Em nome da liberdade, Bolsonaro convoca os militares a decidirem o futuro do paí­s, da mesma forma que colocou o general da ativa em seu palanque no Rio de Janeiro. Esse é um dos motivos pelos quais os trabalhadores não podem assistir a escalada autoritária que Bolsonaro testa.

Governo com dificuldades

Na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, o governo conseguiu aprovar a admissibilidade da reforma, mas com uma proporção de votos que, se mantida, levaria à derrota da PEC em Plenário. Em meio a crises sucessivas, Bolsonaro e Paulo Guedes encontram dificuldades em fazer avançar a reforma, que agora vai a uma Comissão Especial e, se aprovada, enfim ao Plenário, antes de seguir ao Senado.

Mantida a proporção da votação, o governo pode não aprovar a PEC, pois para isso precisa de dois terços do total dos parlamentares, em dois turnos na Câmara. Ou seja, 60% dos votos. A CCJC aprovou o parecer de deputado Darci de Matos (PSD) com 59% dos votos, insuficiente, portanto.

O momento é, portanto, de ampliar a pressão. Para isso, a mobilização é fundamental, e o ato do dia 29 poderá ser um passo decisivo.