O Carnaval está chegando e sempre é bom lembrar o básico, embora já não devêssemos precisar dizer isso: assédio não é brincadeira, assédio não é legal, assédio é crime! A Ong Themis, que há 25 anos atua na defesa e promoção dos direitos das mulheres, preparou algumas dicas para curtir o Carnaval sem assédio.
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Trata-se da campanha Respeita as gurias na folia , uma ação do Programa Jovens Multiplicadoras de Cidadania, da Themis, com apoio do Fundo Canadá e do Fundo de População das Nações Unidas. São diversas publicações no site da Themis tratando de temas relacionados a um Carnaval seguro para todas. A iniciativa também prevê ações presenciais em ensaios de escola de samba e blocos de Carnaval, distribuição de leques com informações de prevenção ao assédio, postagens e filtros nas redes sociais.
Veja abaixo algumas dicas da Themis:
- Fantasia não é convite! As gurias se fantasiaram para elas, não para você!
- Bebida não é carta branca para avançar o sinal, nem desculpa para quem avança o sinal!
- Ofensa não é brincadeira: racismo, discriminação, homofobia, lesbofobia e bifobia são crimes e estão proibidos.
- Roubar beijo é abuso. Cantada grosseira é abuso. Tocar o corpo de alguém sem permissão é abuso. Não faça!
Assédio é crime!
Desde 2018, assediar alguém nas ruas, bailes, festas, transporte e outros lugares passou a ser crime de importunação sexual, com previsão de um a cinco anos de prisão. A importunação sexual ocorre quando uma pessoa avança o sinal para satisfazer seu desejo sexual. Pesquisa do Ipec mostra que 45% das mulheres já tiveram o corpo tocado sem seu consentimento em local público. Se houver força ou ameaça para a prática do ato sexual, o crime é mais grave: estupro, com pena de seis a 10 anos de prisão. Se a pessoa abusada for menor de 14 anos, estiver inconsciente, desacordada ou não puder oferecer resistência, há estupro de vulnerável, com pena de oito a 15 anos de prisão.
Uma guria ajuda a outra
A campanha da Themis também reforça a importância do apoio entre as mulheres para combater o assédio. Por isso, um dos eixos é uma guria ajuda a outra . Veja abaixo as dicas nesse sentido:
- Se vir uma cena de assédio, que tal oferecer ajuda pra guria ou avisar alguém da organização (caso seja um evento)?
- Se vir uma guria inconsciente, telefone para os amigos dela ou chame um táxi e ajude a evitar abusos!
- Ela tá vomitando, mas você nem a conhece? Não custa nada oferecer uma água, né?
- A amiga vai transar e não tem camisinha? Ofereça, caso tenha uma extra na bolsa!
- A guria tá mais apertada que tu na fila do banheiro? Que tal ceder a vez?
- Mulher negra não é fantasia! Dê um toque no pessoal que tá fazendo blackface e todo mundo pode brincar sem racismo.
Live Assédio e Importunação Sexual. Qual a diferença?
Nesta terça-feira, 14, a escola As Pensadoras, conveniada com o Sintrajufe/RS, promoveu a live Assédio e Importunação Sexual. Qual a diferença? . Assista AQUI.
Com informações da Themis e da escola As Pensadoras
