SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

VOLTA AO ATAQUE

Governo vai retomar reforma administrativa depois das eleições, garante ministro

O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, garantiu na última semana que, após as eleições marcadas para outubro, o governo de Jair Bolsonaro (PL) irá retomar as ações para votar e aprovar no Congresso a reforma administrativa (PEC 32/2020), que destrói os serviços públicos. A declaração foi dada em entrevista à Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Nogueira, um dos principais ministros de Bolsonaro, lamentou que, conforme avalia, o processo eleitoral tenha sido muito antecipado , o que teria dificultado a discussão da reforma administrativa (e também da tributária) no Congresso. E foi definitivo: Não tenho dúvida que nós iremos fazê-la (a reforma administrativa) depois das eleições, é um debate importante, nós temos que voltar , garantiu. Ele disse acreditar na aprovação da reforma, já que esse tipo de projeto contaria com apoio do Congresso, em sua avaliação.

Na semana passada, em entrevista à TV Jovem Pan, Bolsonaro adotou linha semelhante. Na ocasião, disse que a reforma tributária dificilmente será aprovada no atual governo, mas afirmou que a administrativa talvez seja possí­vel e que aprová-la seria um grande avanço .

É fundamental, portanto, seguir a luta para impedir a aprovação da reforma e acabar com o governo. A defesa dos serviços públicos precisa ser feita com mobilização de todas as categorias, repetindo a unidade que foi vitoriosa no ano passado.

A luta contra a reforma administrativa corre, agora, paralela à campanha salarial, que já vem forjando essa unidade. Servidores federais, estaduais e municipais têm construí­do juntos mobilizações por reposição, apesar da resistência do governo. São pautas que se complementam como defesa dos serviços públicos, dos direitos de servidores e servidoras e da garantia do acesso da população.

A campanha salarial de servidores e servidoras reivindica reposição de 19,99%, í­ndice referente às perdas apenas durante o governo Bolsonaro. A campanha, que tem tido mobilizações nos estados e em Brasí­lia terá sua próxima atividade no dia 1º de abril, com um ato público em Porto Alegre, às 10h, unificando servidores e entidades das três esferas, com saí­da da caminhada do Instituto de Educação (avenida Osvaldo Aranha, 527).