A Fenajufe divulgou nota de solidariedade ao mandato do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), ameaçado de cassação na Câmara dos Deputados. Em abril, Glauber retirou à força das dependências da Câmara um integrante do MBL que insultou a mãe do parlamentar, que estava hospitalizada e viria a falecer no mês seguinte. Examinada pelo Conselho de Ética, a investigação por quebra de decoro foi aprovada. Glauber acusa o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de perseguição e de articular a cassação de seu mandato.
Notícias Relacionadas
Veja abaixo a íntegra da nota da Fenajufe:
| Nota de apoio ao deputado Glauber Braga contra ameaças de cassação A Fenajufe manifesta apoio ao mandato do deputado Glauber Braga (Psol/RJ) que está sendo vítima de nova tentativa de cassação do seu mandato, dessa vez, por reagir a insultos, constrangimentos, perseguições e ameaças. O mandato de Glauber sempre esteve ao lado da classe trabalhadora e do serviço público. Ele sempre defendeu com firmeza os direitos dos (das) servidores (as) e a valorização dos serviços públicos; é ativo na luta contra o capacitismo, etarismo, assédios, e contra a entrega do patrimônio nacional. Por isso é alvo constante de intimidações por militantes da extrema direita e parlamentares que atuam cotidianamente contra o povo brasileiro. Glauber, após reagir a mais uma série de insultos e constrangimentos, foi acusado de “quebra de decoro”, passando de vítima a réu em um processo arbitrário e parcial comandado por um parlamento cuja maioria pretende transformar a casa do povo em balcão de negócios e para isso, precisa expurgar quem se opõe. O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados precisa se pautar na independência e respeito aos regimentos e ao voto popular e não aos caprichos de um parlamentar conhecido por seus interesses ligados ao coronelismo e à bancada ruralista. Inimigo do serviço público, Lira é um dos maiores defensores da reforma administrativa, contrário a tudo o que o próprio Glauber defende. Fica claro que isso nada mais é que uma perseguição política. Por fim, cabe relembrar o caso da deputada Carla Zambelli (PL-SP) que em 2022 sacou uma arma, apontou e perseguiu um jornalista negro no meio da rua. Apesar da gravidade, até agora nada foi feito em relação à parlamentar. Esse é apenas um dos casos em que fica nítido que o conselho não é pautado pela ética e pelo decoro. |
