A Fenajufe divulgou a “Carta do Encontro Nacional de Mulheres do Poder Judiciário e Ministério Público da União”, resultado do evento realizado pela federação no último final de semana. No documento,afirma-se “a defesa intransigente da vida e dos direitos das mulheres trabalhadoras e usuárias do Sistema de Justiça”.
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Na carta, as mulheres trabalhadoras do PJU e do MPU exigem respeito e mudança da cultura patriarcal nessas instituições, “para enfrentar e reparar as violências institucional, laboral e política de gênero”. Criticam a reprodução do machismo, muitas explicitado contra mulheres sindicalistas “em seus espaços internos e externos, em ambientes presenciais e virtuais”. A violência política de gênero, o assédio moral, o assédio sexual e as discriminações “precisam ser alvo de tolerância zero em nossas organizações sindicais e dos diversos espaços de debate. Para isso, a temática de enfrentamento à violência precisa ter transversalidade em todas as nossas ações”.
No âmbito do Judiciário e do MPU, a gestão precisa considerar as perspectivas de gênero e raça, e o enfrentamento à violência contra as mulheres deve ser uma prioridade, “tendo como princípio a superação do patriarcado e do racismo”. Na Carta, é lembrado que o Judiciário e o Ministério Público têm um papel importante na superação dos altos índices de violência contra as mulheres em suas diversas formas, como o feminicídio: “Não podemos tolerar que a violência institucional continue instalada no Judiciário e no Ministério Público, pois essas instituições são responsáveis por proteger a vítima no curso da investigação ou do processo”.
Fonte: Fenajufe