SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

DESTAQUE

Em reunião online do Sintrajufe/RS, colegas da JF Santa Maria defendem manutenção do trabalho remoto

Nessa segunda-feira, 8, o Sintrajufe/RS deu continuidade à rodada de reuniões online com setores de trabalho; dessa vez, o encontro foi com a Justiça Federal de Santa Maria. Participaram cerca de 20 colegas, além de diretoras e diretores do sindicato. Servidoras e servidores manifestaram preocupação com a resolução 322/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que abre a possibilidade de retorno ao trabalho presencial a partir de 15 de junho, e defenderam a manutenção do trabalho remoto.

Frente ao crescimento da pandemia do novo coronaví­rus e ao necessário isolamento social, as visitas da direção aos locais de trabalho deram lugar a reuniões online. Já ocorreram encontros com os seguintes setores: JF Passo Fundo, secretárias e secretários de audiência da JT, JT Passo Fundo e Marau, oficiais de justiça e Central de Atendimento ao Eleitor e cartórios eleitorais de todo o estado.

Sindicato defende manutenção da suspensão do expediente presencial

A direção do sindicato fez um relato sobre as ações tomadas desde o iní­cio da pandemia, como o envio de ofí­cios e contato com as administrações do Judiciário Federal e do Ministério Público da União, sempre priorizando a saúde da categoria, de estagiários, terceirizados e usuários. Foi lembrado que o TRF4 foi o último dos órgãos a baixar medidas sobre a pandemia, suspendendo o expediente, e isso somente depois de grande pressão, incluindo notas públicas da Ordem dos Advogados do Brasil e do Sintrajufe/RS.

Foi reiterada a posição da direção de defesa da manutenção da suspensão do expediente presencial, com continuidade do trabalho remoto, devido aos números crescentes de contágio e mortes no estado. E, nos casos em que seja imprescindí­vel o trabalho presencial, que os órgãos forneçam todos os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários. A avaliação é de que trabalhar remotamente é contribuir para não agravar a situação da pandemia, considerando o conjunto da sociedade. Esses assuntos devem ser discutidos em reunião com a administração do TRF4, prevista para dia 15 de junho.

Preocupa a pressão pelo retorno

Os colegas expuseram preocupações com a resolução do CNJ, ressaltando que o melhor é uma decisão centralizada, partindo do TRF4 e da Direção do Foro da Seção Judiciária do RS, pois há diversos entendimentos entre as unidades, o que poderia resultar em pressão para um retorno prematuro, expondo a vida de todas e todos.

Foi afirmado que, antes de qualquer movimento de retorno, é necessário um estudo aprofundado sobre quais seriam os EPIs necessários, além de outras medidas, como a readequação fí­sica do prédio e do mobiliário, para garantir o distanciamento, e limitação de entrada de usuários no prédio. Outra preocupação foi quanto à saúde de estagiários e terceirizados, a maioria usuária de transporte público. Diante dessas angústias, a diretora de base Jusilda Pedrollo afirmou que a gente não tem como voltar à normalidade do trabalho . Complementando, a colega Alexandra Steffens opinou que nenhum EPI garante que não vou ser infectada; o EPI apenas diminui a probabilidade de contágio. O que garante é o isolamento .

Outros assuntos tratados foram a situação do prédio da subseção, que, apesar de novo, apresenta problemas, inclusive estruturais (queda do teto, rachaduras), sindicalização e ações judiciais.