Munidos de faixas, cartazes, bandeiras e panelas, milhares de gaúchos e gaúchas tomaram as ruas de Porto Alegre, na tarde do último sábado, 9, na retomada dos protestos contra o governo de Jair Bolsonaro (PL). O ato foi organizado por frentes, centrais sindicais, movimentos populares, partidos e sindicatos, incluindo o Sintrajufe/RS, que esteve presente na manifestação. A atividade fez parte do Dia Nacional de MobilizaçãoBolsonaro nunca mais e denunciou a alta dos preços, o desemprego e o empobrecimento da população.
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O ato na capital gaúcha teve início com concentração no Largo Glênio Peres, em frente à Prefeitura. Não faltaram batucadas e uma representação teatral sobre as denúncias de corrupção no Ministério da Educação, o crescimento da fome no país e o veto de Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo.
Também houve faixas em defesa dos serviços públicos, atacados por diversas medidas do governo e ameaçados pela reforma administrativa (PEC 32/2020). As privatizações também estiveram na pauta, criticadas em cartazes e faixas.







Além de Porto Alegre, o interior do estado também teve manifestações contra Bolsonaro. Foram registrados protestos ao menos em Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande, Santana do Livramento e Bagé. Houve mobilizações, ainda, em diversas partes do país. Atos também ocorreram em cidades como São Paulo, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Goiânia e Florianópolis.
Aumento generalizado de preços
Os trabalhadores e as trabalhadoras do Brasil têm vivido sob uma situação econômica cada vez pior. Como o Sintrajufe/RS noticiou na última semana, a inflação de março foi a pior para o mês nos últimos 28 anos. Isso em um momento no qual o desemprego segue alto, com a precarização em crescimento e a renda média em queda. Além disso, itens essenciais tiveram alta ainda acima da inflação, como mostra a tabela abaixo, elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese):

Campanha salarial
Ao mesmo tempo em que se somam à luta pelo fim desse governo, os servidores e as servidoras de todo o país estão em meio a uma campanha salarial unificada. O Sintrajufe/RS e outras entidades representativas do funcionalismo federal, estadual e municipal vêm construindo mobilizações em diversos estados e em Brasília para pressionar o governo por reposição. A reivindicação dos servidores federais é de 19,99%, o que reporia apenas as perdas referentes ao período do atual governo. No dia 1º de abril, porém, em reunião com representantes dos servidores públicos, o governo afirmou que não há disposição para negociar reposição salarial para o funcionalismo.
Por isso, a mobilização precisa seguir, especialmente considerando-se que o prazo legal para a aprovação da reposição em 2022, por se tratar de ano eleitoral, é o dia 4 de julho. Pensando nisso, na tarde da última quinta-feira, 7, a Frente dos Servidores Públicos do RS, entidades representativas das servidoras e dos servidores públicos das três esferas e centrais sindicais reuniram-se para tratar do calendário unificado de mobilização por reposição salarial. Foi definida a realização de um ato público e a construção de um calendário, que será divulgado nos próximos dias nos meios de comunicação do Sintrajufe/RS.

Com informações da CUT.