SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

CULTURA

Diretoras do Sintrajufe/RS participaram do lançamento dos três novos episódios da websérie Confessionário Relatos de Acordar , apoiada pelo sindicato

No dia 30 de maio, foram lançados, em atividade na Cinemateca Capitólio, em Porto Alegre, três novos episódios da websérie ConfessionárioRelatos de Acordar . A produção da websérie contou com apoio do Sintrajufe/RS e, na atividade, três diretoras do sindicato estiveram presentes.

Além da exibição dos três novos episódios, houve debate com a equipe da produção e especialistas. A websérie trata das diversas formas de violência contra as mulheres.

Os três episódios estarão disponí­veis no Youtube do projeto, AQUI, nas seguintes datas:

06/06, terça-feira, 20h Privada Da Sua Própria HistóriaRosália ConfessionárioRelatos de Acordartrabalho análogo à escravidão #1
13/06, terça-feira, 20h “ Sem Medo De EnvelhecerDalva ConfessionárioRelatos de Acordarviolência contra idosos #2
20/06, terça-feira, 20h “ História De Uma Mulher SurdaJuliana ConfessionárioRelatos de Acordarviolência contra mulheres surdas #3

Para a diretora do Sintrajufe/RS Arlene Barcellos, que esteve na atividade na Cinemateca Capitólio, a websérie traz situações impactantes e necessárias para que estejamos sempre atentas e atuantes no combate às violências contra pessoas em situação de vulnerabilidade. Nos casos apresentados, trabalho análogo à escravidão, violência contra a pessoa idosa e a violência contra pessoa com deficiência, vê-se o papel fundamental da arte de denúncia, não só do crime, da violência, mas de quão precárias ainda são as politicas públicas, as redes de acolhimento e de proteção às vitimas. E aqui reside um dos importantes papéis dos sindicatos, atuar para que os governos invistam em serviços públicos que atendam de forma conjunta e multidisciplinar sempre que tivermos essas denúncias acolhendo as ví­timas e punindo os responsáveis .

Já a diretora Cristina Vianna, que também participou da exibição, avalia que o relato das três mulheres é muito forte e potente nesta edição da série ˜Confessionário™. Me tocou profundamente e expõe o que está escondido e invisí­vel: práticas criminosas que ainda acontecem na nossa sociedade, que perpetuam o machismo, o racismo e todas as formas de preconceito, dando lugar à violência. É preciso expor, denunciar e criminalizar para que nunca mais aconteçam .

A diretora Marli Zandoná também ressalta que a exibição foi muito emocionante. Os três episódios, baseados em relatos de ví­timas, são impactantes e muito tristes. Nos mostraram uma realidade violenta muito presente no dia a dia de muitas famí­lias, e que impacta mais os mais pobres. E nos alertam mais uma vez para sairmos da nossa bolha, e contribuirmos para mudar essa situação tão dramática .

A série

Em ConfessionárioRelatos de Acordar , cada episódio traz depoimentos reais de diferentes grupos de mulheres ví­timas de violência, interpretados por uma atriz, além de cenas gravadas das entrevistas e um profissional da área da saúde/ciências humanas, sempre em consonância com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a vida dessas pessoas, demonstrando que as violências retratadas violam o que nos é dado como direito.

As atrizes Brenda Artigas, Patsy Cecato e Sandra Dani dividem os episódios com a advogada Mirella Cavalcanti, a delegada Ana Luiza Caruso e a auditora fiscal Lucilene Pacini, que trazem informações e orientações de como realizar uma denúncia e como buscar ajuda e apoio às ví­timas, reafirmando o caráter didático e de utilidade pública do projeto, dão vida a essas histórias.

A obra é de ficção, mas baseada em relatos reais de mulheres que sofreram violência doméstica e de gênero. O projeto foi concebido pela atriz e diretora de teatro Deborah Finocchiaro e pelo diretor de cinema Luiz Alberto Cassol, tendo como motivação a dura realidade de mulheres que vivem em situação de opressão e violência doméstica e o aumento do número de casos durante esta pandemia. O objetivo é mostrar a essas mulheres que elas não estão sozinhas e estimular a denúncia em casos de violência.

A série foi realizada em 2020 e, em 2022, ganhou exibições da primeira temporada na TVE.