O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou boletim detalhando os reajustes salariais conquistados por diferentes categorias de trabalhadores e trabalhadoras no mês de janeiro deste ano. Os resultados evidenciam a perda do poder de compra pela maioria da população: apenas um terço das categorias que obtiveram reajustes alcançaram ganhos reais.
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O Dieese analisou 324 reajustes concedidos em janeiro e concluiu que 42% deles ficaram abaixo do valor necessário para recompor a inflação. Outros 23% tiveram aumento igual à inflação, apenas recompondo as perdas. Enquanto isso, 35% dos reajustes alcançaram aumentos reais no poder de compra dos salários. Os dados foram levantados na base de dados do Mediador, do Ministério do Trabalho e Previdência, e tomam como referência de inflação o índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação à variação real médiaequivalente à média dos reajustes após desconto da inflaçãoos dados de janeiro de 2022 seguem em valor muito próximo ao observado nas duas datas-bases anteriores (em torno de -0,6%) e são idênticos aos apurados em janeiro de 2021. Ou seja, em média, a classe trabalhadora perdeu poder de compra no período. O Dieese analisou reajustes nos setores de indústria, comércio e serviços.
Leia AQUI o estudo completo.
Campanha salarial mobiliza servidores e servidoras
Enquanto isso, a campanha salarial unificada de servidores e servidoras vem se fortalecendo. Apenas durante o governo Bolsonaro, as perdas salariais dos servidores federais já chegam a 19,99%, índice reivindicado pelas categorias. No mês de fevereiro, Porto Alegre teve dois atos conjuntos, reunindo representantes de categorias do funcionalismo federal, estadual e municipal. O último deles aconteceu nessa quarta-feira, 23, em frente à Receita Federal. Veja AQUI como foi.
