SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

DIA DE LUTA

Dia Nacional da Luta dos Povos Indí­genas: luta pela liberdade e dignidade dos povos originários continua necessária

O dia 7 de fevereiro é marcado no Brasil como o Dia Nacional da Luta dos Povos Indí­genas. A data chega em um momento no qual diversas ações governamentais e da sociedade estão voltadas para dar apoio aos indí­genas yanomami da Terra Indí­gena localizada em Roraima.

O Dia Nacional da Luta dos Povos Indí­genas foi estabelecido pela lei nº 11.696 de 2008, conquista dos movimentos sociais e de direitos humanos de grupos minoritários. O dia rememora a morte de Sepé Tiaraju, guerreiro indí­gena guarani que no século XVIII liderou uma rebelião contra o Tratado de Madrid, acordo dividiu as terras do Brasil entre colonizadores portugueses e espanhóis.

Tanto tempo depois, a luta continua por respeito, liberdade e dignidade. As lutas pelo direito à demarcação de terras e contra a destruição do meio ambiente seguem sendo parte da vida de comunidades em todo o Brasil.

Em entrevista recente ao portal Terra, Alice Guarani, que está à frente do Centro de Referência Indí­gena Afro do Rio Grande do Sul, falou sobre as principais lutas deste momento: Nossa luta é diária por sermos corpos-territórios indí­genas em contexto urbano, ou seja, que não costuma ser mapeado nem associado à de realidade de povos indí­genas. A cultura indí­gena não existe só dentro da aldeia, mas em quem nós somos. Por isso, a ideia é ter uma maior organização para reivindicar polí­ticas públicas no contexto urbano. Entre as principais pautas coloco saúde, acesso à universidade, respeito à cultura, mulheres e moradia. Com a criação do Ministério dos Povos Indí­genas espero a efetividade em demandas que até agora não foram contempladas , disse.

No norte do RS, indí­genas enfrentam fome, falta d™água e de atendimento médico

Reportagem publicada no site Sul 21 no iní­cio de fevereiro retrata mais uma situação inaceitável vivida por indí­genas, dessa vez no norte do Rio Grande do Sul. Kaingangs da Terra Indí­gena Guarita, localizada entre os municí­pios gaúchos de Tenente Portela, Redentora e Herval Seco, denunciam que vêm passando por uma grave crise sanitária, de falta de água e de insegurança alimentar: A TI Guarita abriga atualmente cerca de 8 mil pessoas. Há nove postos de saúde na região, mas apenas um médico para atender todas as aldeias indí­genas. De acordo com as lideranças da região, a TI tem visto um aumento da mortalidade infantil decorrente da falta de acompanhamento pré-natal. Para piorar, em razão da estiagem que atinge o Rio Grande do Sul há três anos, os mananciais do território estão secando e a água disponí­vel está sendo contaminada, o que cria mais problemas de saúde e acende o alerta para a situação de insegurança alimentar , diz o texto. Leia AQUI a reportagem completa.

Live do Museu das Culturas Indí­genas marca a data

Na tarde desta terça-feira, 7, o Museu das Culturas Indí­genas realiza live para marcar a data, uma roda de conversa online com participação de lideranças do movimento de luta por direitos e resistência dos povos indí­genas, para contar sobre suas trajetórias, falar sobre desafio e contribuir para o debate sobre os próximos passos. Acompanhe AQUI.