SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

CUSTO DE VIDA

Cesta básica em Porto Alegre tem aumento de mais de 25% em 12 meses; Fenajufe pedirá reajuste emergencial de 14,74%

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou relatório (LINK) sobre o custo da cesta básica no país. Na comparação entre os meses de junho de 2020 e junho de 2021, houve aumento do custo em todas as capitais do país, com percentuais que oscilaram entre 11,17%, em Recife, e 29,87%, em Brasília. Em Porto Alegre, o aumento do custo das cestas básicas foi de 25,34%.

Ainda conforme o Dieese, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em junho, na média, 54,79% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. O Dieese calcula que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.421,84, valor que corresponde a 4,93 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00.

No caso de Porto Alegre, em doze meses, 12 itens da cesta registraram aumento de preços, sendo as maiores altas verificadas no óleo de soja (98,57%), no arroz (53,25%), na carne (38,10%), no feijão (37,61%) e no açúcar (33,58%). A batata foi o único item que registrou retração (-21,08%).

Ao mesmo tempo, crescem os índices de miséria, pobreza e desemprego. E o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) não constrói políticas de estímulo à economia, ao desenvolvimento e à geração de emprego e renda. Pelo contrário, reduz o valor do auxílio emergencial, que já foi de R$ 600, e quer aumentar os impostos para a classe média e, com a reforma administrativa, destruir os serviços públicos que garantem direitos e dignidade para a população.

Frente ao aumento do custo de vida, Fenajufe pedirá reajuste emergencial

Na última semana, em reunião do Fórum de Carreira do Conselho Nacional de Justiça, a Fenajufe defendeu que servidores e servidoras tenham reajuste emergencial de 14,74%. A sugestão teve acordo dos representantes do CNJ, TST, TSE, STM, STJ e STF. A Fenajufe defendeu esse reajuste imediato, considerando o prazo exíguo da janela orçamentária em agosto e pontuou que a proposta do índice em 14,74% acontece em caráter emergencial devido as restrições da LDO, o que não significa abrir mão das perdas passadas. A federação propôs que, aprovado esse reajuste emergencial, em 2022, haja uma discussão mais profunda sobre uma reestruturação que busque repor possíveis perdas passadas para alcançar a equiparação salarial com carreiras similares do Executivo e do Legislativo, visando a implementação em 2023. O valor de 14,74% foi obtido pela área técnica da Fenajufe considerando e corrigindo a inflação desde janeiro de 2019.