Propostas para o combate à fome, à opressão, à desigualdade, pela valorização da agricultura familiar e por políticas de futuro estão na pauta de iniciativas como a da campanha “Agroecologia nas eleições”, da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), que buscou que candidaturas firmassem compromisso com essas pautas. As iniciativas estão em consonância com o Projeto de Agroecologia lançado em 2021.
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Nos últimos anos, o Brasil voltou ao mapa da fome; são mais de 33 milhões de brasileiros que não têm o que comer e três em cada dez famílias enfrentam algum grau de insegurança alimentar. Em 2021, o país chegou ao índice mais alto de internações hospitalares de bebês de até 1 ano de idade por conta da desnutrição.
Em 2022, pelo quarto ano consecutivo o governo de Jair Bolsonaro (PL) cortou crédito para a agricultura familiar. O movimento deveria ser o inverso, uma vez que esses agricultores são responsáveis por 70% dos alimentos que chegam à mesa de brasileiros e brasileiras. Como resultado, há aumento tanto do preço da comida quanto da pobreza desses agricultores e agricultoras.
O desmatamento no Brasil aumentou 22% de agosto de 2020 a julho de 2021 em relação ao ano anterior. Parte da Amazônia já está emitindo mais CO2 do que absorve. Ao mesmo tempo, a base governista apresentou vários projetos para reduzir a fiscalização ambiental. Em 2021, o país bateu recorde de liberação de agrotóxicos. Foram 562, maior número da série histórica iniciada em 2000 pelo Ministério da Agricultura. Em 2020, o país já havia batido um recorde, com a aprovação de 493 pesticidas. Os registros vêm crescendo ano a ano no país desde 2016.
O Projeto de Agroecologia do Sintrajufe/Rs tem, entre seus objetivos, possibilitar, para o conjunto da categoria, acesso a informações, debates e espaços que contribuam para fortalecer uma visão crítica que se preocupe com questões relacionadas a alimentos e modelo de produção e de sociedade.