Os trabalhadores e as trabalhadoras da Trensurb, organizados no Sindicato dos Metroviários do Rio Grande do Sul, realizaram nessa segunda-feira, 8, paralisação de 24 horas. Na pauta, a retirada da empresa do plano de privatizações e o cumprimento, pela Trensurb, do último acordo coletivo de trabalho (ATC), com o pagamento de adicional de risco de vida aos trabalhadores da segurança. Mesmo com o fim da paralisação, a categoria permanece em estado de greve e uma nova paralisação foi convocada para o próximo dia 23 de maio.
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A madrugada foi longa e a greve em defesa da Trensurb pública enfrentou o frio e a chuva. Os metroviários organizaram um piquete na entrada da empresa para convencer quem chegava ao trabalho a aderir ao movimento. De acordo com o sindicato, a adesão dos trabalhadores à paralisação foi de 90% no setor das estações, 70% na operação de trens e 100% no setor da segurança.
Trensurb é público, não à privatização!
O centro da luta é para que a empresa seja retirada da lista de privatizações na qual foi incluída por Jair Bolsonaro (PL). Em abril, o governo Lula (PT) já retirou sete estatais da lista, inclusive os Correios. Lula afirmou que não irá privatizar nenhuma empresa estatal em seu mandato. Além dos Correios, foram retiradas do Programa Nacional de Desestatização (PND) a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A. (ABGF), a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), a Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A. (Nuclep), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e o Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). Outras três empresas foram retiradas do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI): a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. “ Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e a Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebras).
O presidente do Sindimetrô, Luis Henrique Chagas, ressaltou que a categoria seguirá na luta reivindicando a retirada da Trensurb da lista de privatizações do governo federal. Uma comissão deverá ser enviada a Brasília nas próximas semanas para pressionar parlamentares e autoridades, como o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
O diretor do Sintrajufe/RS Marcelo Carlini, que também é diretor da CUT/RS, participou da mobilização de segunda-feira, em apoio aos metroviários. “Lula, em reunião com as Centrais Sindicais, no início do ano, foi muito claro. Ele disse ao movimento sindical que era preciso pressionar o próprio governo. Não são poucas as ameaças, agora é Lira que mostra nervosismo com a decisão correta do governo em questionar a vergonhosa venda da Eletrobras. O movimento dos metroviários e outras categorias em luta deve inspirar todos os trabalhadores, será assim que vamos garantir que as aspirações que subiram a rampa do Planalto no dia 1 de janeiro virem realidade.”
