SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

DESEMPREGO E PRECARIZAÇÃO

Mais de 2,5 milhões de brasileiros e brasileiras buscam emprego sem sucesso há mais de dois anos; mais de 4 milhões desistiram da busca

Dados divulgados nesta quinta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatí­stica (IBGE), mostram que a situação do emprego no Brasil segue desastrosa para a população. Com quase 10 milhões de desempregados, muitos não conseguem ocupação mesmo que busquem por muito tempo. Entre os que conseguem, a precarização vem se tornando a regra das contratações, especialmente após a reforma trabalhista de 2017.

Conforme o levantamento, 2,575 milhões de brasileiros e brasileiras estão desempregados há mais de dois anos, 27,2% do total de desempregados no paí­s atualmente9,46 milhões. Além disso, o número de desalentadospessoas que desistiram de procurar empregoestá em 4,3 milhões.

Entre os empregados, a taxa de informalidade é de 39,4%. Já a taxa de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) é de 20,1%. Esses í­ndices, altos, demonstram a precarização dos postos de trabalho no Brasil, estimulada pela reforma trabalhista de 2017, que facilitou formas precárias de contratação e dificultou que trabalhadores e trabalhadoras busquem na Justiça o reconhecimento de seus direitos.

Mulheres, negros e jovens sofrem mais com desemprego

A taxa de desocupação por sexo foi de 6,9% para os homens e 11% para as mulheres, ou seja, a desocupação das mulheres é 59,4% maior que a dos homens – enquanto para os homens a taxa continua abaixo do í­ndice nacional (8,7%), para mulheres segue bem acima. A taxa de desocupação por cor ou raça ficou bem abaixo da média nacional (8,7%) para os brancos (6,8%) e bem acima para os pretos (11,1%) e pardos (10,0%). As taxas mais elevadas estavam entre os jovens de 18 a 24 anos (18%) e de 14 a 17 anos (31,7%). Para os grupos de 25 a 39 anos (7,8%), 40 a 59 anos (5,6%) e o de 60 anos ou mais (3,7%), o desemprego ficou abaixo da taxa nacional (8,7%).

Com informações do portal G1.