SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

OFICIAIS DE JUSTIÇA

Fenajufe reforça acompanhamento jurí­dico no TCU sobre legalidade da VPNI/GAE após derrubada do veto 25/2023

Em reunião com as assessorias jurí­dicas dos sindicatos de base, na última semana, a Fenajufe reforçou a necessidade de manter atuação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo pagamento da Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI) e da Gratificação de Atividade Externa (GAE) dos oficiais de justiça. Parte do segmento sofre com o corte das verbas desde 2016.

Em 2020, o departamento técnico do TCU entrou com representação questionando a legalidade do recebimento acumulado da VPNI com a GAE (036.450/2020-0). Desde então, na qualidade de terceira interessada, a Fenajufe tem atuado na defesa da garantia dos direitos dos oficiais de justiça adquiridos ainda em 2008. Após a representação do Tribunal de Contas, a federação reforçou a atuação pela legalidade das gratificações.

Além das manifestações nos autos pela Assessoria Jurí­dica Nacional da Fenajufe (AJN, escritório Cezar Britto Advogados Associados), a Fenajufe participou de audiências com todos os ministros e ministras do tribunal, em especial com o ministro Raimundo Carreiro e a ministra Ana Arraes, à época relator e presidente do TCU, respectivamente. Nessas ocasiões, foram entregues memoriais com apontamentos favoráveis pela legitimidade dos pagamentos.

Com a mudança da gestão do tribunal, o trabalho de atuação da Fenajufe foi estendido ao atual presidente, Bruno Dantas, ao novo relator, Antônio Anastasia, e a todo o corpo institucional do órgão, além do Ministério Público do Tribunal de Contas das União (MPTCU).

Em seu último parecer, o MPTCU posicionou-se pela legalidade do recebimento acumulado, inclusive com base na argumentação apresentada pela Fenajufe. No ano passado, o processo foi incluí­do em pauta por diversas vezes pelo relator; no entanto, em razão da tramitação do projeto de lei 2342/22, que trata do mesmo tema, a representação não foi julgada.

A expectativa é que retorne à pauta já na primeira sessão de julgamento do TCU, considerando os desdobramentos com a promulgação do texto da lei 14.687/2023, que garante a legalidade da acumulação da VPNI e GAE dos oficiais de justiça. A sessão ainda não tem data definida.

Com a derrubada do veto 25/2023, a legalidade da cumulatividade da GAE e VPNI agora está na legislação de maneira expressa. Assim, a Fenajufe continuará o acompanhamento do processo junto ao TCU ao mesmo tempo que as assessorias jurí­dicas dos sindicatos filiados darão suporte para aqueles e aquelas que tiveram seu direito negado no último perí­odo, seja pelo TCU, seja pelo tribunal de origem.

Sessão do Conselho de Justiça Federal está prevista para ocorrer no dia 26 de fevereiro. A Fenajufe entende que pode ser um precedente positivo para a questão no TCU, principalmente no tocante à retroatividade de quem teve cortado esse direito. Caso o tema dos quintos não seja pautado na sessão, a federação irá intensificar a atuação junto aos conselhos, pela garantia da retroatividade na aplicabilidade da lei.

Fonte: Fenajufe