SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

NOVA OFENSIVA

Eventos da FIESP e CNC tentam retomar pressão empresarial por reforma administrativa; Decisão do STF sobre RJU cria situação perigosa para servidores

“Chegou a hora de construir o país moderno e eficiente que almejamos. Depois da aprovação da reforma tributária, é o momento de reorganizar a administração pública e a gestão estatal, transformando o Brasil em um país que funciona, avança e oferece oportunidades reais para todos.” Assim começa a convocação de um evento organizado pela FIESP sob o lema “Reforma Administrativa já!”.

Há muito setores empresariais querem acabar de vez com os concursos públicos e a estabilidade dos servidores. Vários fazem as contas de quanto pode ganha com isso. Depois de tomar o controle de setores estratégicos da economia como a geração e distribuição da energia, do fornecimento de água e do saneamento ou na manutenção de estradas, agora miram na liquidação do serviço público que resiste.

Nossa luta barrou proposta de Bolsonaro e Guedes

O Sintrajufe/RS segue se posicionado de maneira firme contra a Reforma Administrativa e a PEC 32/2020, ainda suspensa no Congresso Nacional. O alerta segue ligado para os riscos dessas propostas, que, segundo a análise do sindicato, representam um retrocesso no atendimento à população e uma ameaça direta aos direitos dos servidores públicos.

Esse ataque aos servidores, servidoras e ao serviço público tem sido impulsionado por setores conservadores que se articulam para aprovar os pontos fundamentais da PEC 32. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), por exemplo, que, em uma tentativa de construir um “Brasil moderno e eficiente”, defende a reforma como um passo necessário para uma administração pública mais “flexível”, ou seja, mais precarizada.

As propostas defendidas pela FIESP e outros grupos empresariais visa reduzir os custos do Estado às custas de direitos trabalhistas e de qualidade no atendimento público. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a privatização da energia não melhorou os serviços. Pelo contrário, a CEEE Equatorial precarizou ainda mais o atendimento à população já deixou mais de uma vez os gaúchos no escuro. Não é diferente na privatizada Corsan.

Além da FIESP, a Confederação Nacional do Comércio (CNC) também promove, no dia 25 de março, um evento que contará com a presença de figuras políticas como o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, e outros líderes empresariais e parlamentares. O evento será um fórum para discutir a modernização do Estado, com um foco claro na reforma administrativa.

O Sintrajufe/RS alerta que essa movimentação não pode ser ignorada. É essencial que a sociedade se mobilize contra propostas que buscam fragilizar ainda mais o serviço público. É preciso mais e melhores serviços públicos.

Foto: Wikipédia