Nesta quarta-feira, 2 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e combater o preconceito que ainda persiste na sociedade.
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Com o lema “Informação gera empatia, empatia gera respeito”, a campanha nacional deste ano mobiliza instituições e a sociedade para fortalecer o conhecimento como ferramenta essencial de inclusão. O Conselho Federal de Psicologia (CFP) destaca a importância da psicologia na compreensão e intervenção sobre o autismo.
A inclusão de pessoas autistas passa pelo respeito, pelo acolhimento e pela garantia de direitos fundamentais. Na educação, a alfabetização e a inclusão escolar seguem como desafios que precisam ser enfrentados com políticas públicas eficazes e investimentos adequados.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de crianças de a 13 anos no Brasil é de 38,5 milhões; cerca de 241 mil crianças seriam autistas no país. A estimativa, contudo, é que o número seja muito maior, chegando, de acordo com especialistas, a 2 milhões de brasileiros. A causa para a discrepância dos dois dados é a dificuldade em se obter o diagnóstico do TEA.
Legislação
No Brasil, existe uma Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, conhecida como Lei Berenice Piana, criada em 2012, que garante aos autistas o diagnóstico precoce, tratamento, terapias e medicamento pelo Sistema único de Saúde (SUS), além do acesso à educação, proteção social e trabalho.
O enfrentamento ao capacitismo e à patologização das diferenças no desenvolvimento humano também é uma pauta urgente. Para a psicologia brasileira, esse compromisso é ético, técnico e científico, garantindo que as pessoas autistas tenham acesso ao atendimento adequado e ao pleno exercício de sua cidadania.
Mais do que uma data de conscientização, o 2 de abril é um momento para reforçar a luta por uma sociedade mais justa e acolhedora para todas as pessoas. A inclusão começa com informação e se concretiza com respeito e ações efetivas.