SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

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Servidores ocupam Esplanada dos Ministérios em dia nacional de luta pela recomposição salarial; em diversas cidades servidores também foram às ruas

Na manhã dessa quarta-feira, 16, cerca de 3 mil servidores e servidoras de todo o paí­s ocuparam o canteiro central do Ministério da Economia em protesto quanto à falta de resposta do governo sobre a negociação da pauta de reivindicações entregue em janeiro. O ato nacional unificado, o maior realizado em 2022, foi um ultimato do conjunto dos servidoras e servidores, uma vez que o governo Bolsonaro insiste em negligenciar o pleito das categorias de recomposição emergencial de 19,99%.

O Sintrajufe/RS estava presente no ato nacional, representado pelos diretores Edson Borowski, Mara Weber e Ramiro López. Os sindicatos de base do Judiciário Federal e do Ministério Público da União atenderam à convocação da Fenajufe. Além do Sintrajufe/RS, enviaram delegações: Sitraemg/MG, Sisejufe/RJ, Sindjufe/BA, Sindijufe/MT, Sindjufe/MS, Sintrajud/SP, Sintrajuf/PE, Sindiquinze/SP, Sinjufego/GO, Sindjufe/MS e Sindissétima/CE.

A concentração teve iní­cio no Espaço do Servidor, na Esplanada dos Ministérios, de onde servidores e servidoras seguiram em caminhada até o Ministério da Economia, para cobrar de Paulo Guedes abertura imediata de negociação. Os e as manifestantes permaneceram até as 13h em frente ao ministério, mas não foram atendidos por representantes do governo.

Estamos satisfeitos com a mobilização aqui em Brasí­lia e nos diversos estados ao redor do paí­s. Este foi um momento importante que mobilizou um grande número de servidores. Agora, iremos permanecer, diariamente, na frente do Ministério da Economia, com uma tenda e caixas de som. Paulo Guedes não quer dialogar conosco, mas ele vai ter que nos ouvir. Também faremos pressão nas redes sociais. Não deixaremos Bolsonaro e seus aliados em paz. Somos trabalhadores e estamos há anos sem reposição da inflação em nossos salários. Exigimos respeito , comentou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo.

A grande maioria dos servidores está sem reajuste salarial há mais de cinco anos. No Judiciário Federal e no MPU, a última parcela do Plano de Cargos e Salários foi integralizada em janeiro de 2019.


Na avaliação do diretor do Sintrajufe/RS Edson Borowski, a atividade em Brasí­lia foi bastante positiva , com delegações de vários setores, de todo o Brasil. O dirigente destacou a participação do Judiciário Federal, com a presença de representantes de vários sindicatos: foi uma atividade muito importante e nos fortalece para seguirmos nessa luta pelo reajuste emergencial .

A diretora Mara Weber afirma que, com o ato dessa quarta-feira, servidores e servidoras mostraram disposição de luta para derrotar o projeto neoliberal, derrotar Bolsonaro e construir não só a reposição emergencial, mas a luta em defesa do serviço público, do nosso Brasil, de um projeto de inclusão, de justiça social e de um serviço público de qualidade, o que está em jogo hoje . Para a diretora, o ato nacional foi uma arrancada importante, e temos agora que intensificar, para um processo de mobilização maior .

Fizemos um belo ato, que demonstrou uma categoria aguerrida , avalia o diretor Ramiro López. Ele ressalta que foi o melhor ato do ano em participação, com discursos inflamados, positivos, que apontam para um perí­odo de enfrentamento e muita disposição de arrancar do governo Bolsonaro os 19,99% de reposição salarial .

Dia de Mobilização em vários estados mostra disposição de luta dos servidores

O dia 16 de março foi escolhido para as diversas categorias unirem-se às manifestações de trabalhadores e trabalhadoras da educação, convocadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), com a reivindicação do pagamento do reajuste do piso do magistério de 33,24%. Em cada estado e cidade, com suas pautas especí­ficas, servidores e servidoras fortaleceram a luta unificada.

Em Porto Alegre, o Sintrajufe/RS participou de ato público organizado pela Frente dos Servidores Públicos, com caminhada pelas ruas do Centro, da antiga sede do Banco Central, na Av. Alberto Bins, até o Palácio Piratini, unindo-se a servidores e servidoras do Executivo e do Judiciário estaduais. Também houve atos públicos, principalmente de trabalhadores e trabalhadoras em educação, em cidades como Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande e Santa Maria.

Santa Maria


Rio Grande


A TVT divulgou reportagem sobre o ato público em Porto Alegre. Na matéria, além de ouvir dirigentes sindicais, é feita mostrado que a unidade por reposição salarial teve iní­cio na luta vitoriosa de servidores e servidoras contra a reforma administrativa em 2021.


Em Belo Horizonte (MG), milhares de trabalhadoras e trabalhadores da rede pública de educação do estado se concentraram em assembleia de greve e aprovaram a continuidade da greve pelo piso salarial da categoria. Em Curitiba (PR), foi realizado ato público por salário digno e direitos. A projeção da defasagem da categoria em relação à data-base em maio deve chegar aos 34,5%.


Na cidade de São Paulo, professores realizaram ato público para reivindicar reajuste salarial do piso nacional de 33,24% e a extensão do benefí­cio a todos os integrantes da carreira, inclusive aposentados. Houve atos também em cidades no interior do estado. Os profissionais se opõem ao projeto de lei complementar 2/2022, enviado à Assembleia Legislativa de São Paulo pelo governador João Doria (PSDB), que propõe reajustes variáveis: 10% para servidores e servidoras em geral e 20% para integrantes das Polí­cias Civil e Militar.

Na capital do Rio Grande do Norte, Natal, houve uma assembleia unificada das redes estadual e municipais em que foram discutidos piso e carreira dos professores e professorasa. Logo depois, foi realizado ato público em frente à prefeitura local.

Em Salvador (BA), diversas entidades participam do Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Educação, com a paralisação nas escolas das redes estadual e municipal e ato público. Em Teresina (PI), houve ato público de trabalhadores e trabalhadoras da educação na Praça do Liceu.

Em Recife (PE) e Fortaleza (CE), os atos públicos de servidores e servidoras federais exigiram recomposição salarial, fim do desmonte dos serviços públicos e arquivamento da reforma administrativa. No Mato Grosso do Sul, os servidores saí­ram pelas ruas de diversas cidades, entre elas, Campo Grande e Dourados. Na Paraí­ba, a mobilização foi em frente à sede do Ministério da Economia em João Pessoa.

Sintrajufe/RS, com informações de Fenajufe, Condsef, CUT, CNTE e Carta Capital