SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

DESTAQUE

Servidores de SP prometem parar o maior TRE do paí­s em apagão na próxima quarta

 

Os servidores do Judiciário Federal de todo o estado de São Paulo estão sendo convocados a se reunir, vestidos de preto, na frente do prédio do TRE, no centro da capital, na próxima quarta-feira, 24, para uma grande manifestação durante o Apagão Nacional do Judiciário. O TRE paralisará suas atividades durante todo o dia e os servidores da Justiça Trabalhista e da Justiça Federal, inclusive os da Baixada Santista e do interior, vão se unir aos colegas da Eleitoral para exigir o respeito à autonomia do Judiciário e a reposição salarial da categoria.

A manifestação se soma à de outros estados, que no mesmo dia devem direcionar o foco da mobilização dos servidores para os TREs, considerados estratégicos para ampliar a repercussão do movimento às vésperas das eleições. A organização das atividades do Apagão Nacional em São Paulo foi definida em uma assembleia neste sábado, 20, na sede do Sintrajud. Nova assembleia será realizada no próprio TRE, às 14h do dia 24. No RS, o apagão, terá ato público no dia 24, às 14h, em frente ao Anexo da JE.
 

Radicalização do movimento

A avaliação da categoria é que as últimas semanas que antecedem as eleições são decisivas para forçar a abertura de negociações entre a cúpula do Poder Judiciário, o Executivo e o Legislativo.Depois de realizar greves em cinco estados no primeiro semestre e em 11 estados no segundo semestre, além de apagões, paralisações, passeatas e atos públicos (inclusive em Brasí­lia), os servidores consideram que somente uma grande mobilização pode causar um fato polí­tico de impacto e levar adiante a revisão dos salários.A pressão da categoria conseguiu arrancar do STF a mesa de negociação instalada no primeiro semestre, que resultou no substitutivo ao PL 6.613/09. O projeto, porém, não chegou a ser endossado pelo então presidente do Supremo, Joaquim Barbosa. Seu sucessor, o ministro Ricardo Lewandowski, decidiu formular um novo projeto (PL 7.920/14) e parcelar a reposição salarial ao longo de três anos, sem qualquer negociação com os servidores nem com o Executivo. 

Lewandowski também não reagiu ao corte orçamentário imposto pelo governo Dilma Rousseff (PT), que excluiu do orçamento do Judiciário para 2015 o aumento do subsí­dio dos juí­zes e a recuperação do salário dos servidores. Agora, o impasse pode comprometer a realização das eleições. Os participantes da assembleia lembraram o sucesso das atividades realizadas durante a semana passada: o ato na JF, dia 18, que culminou com uma passeata na Avenida Paulista, e a assembleia no TRE, no dia seguinte, que começa a repercutir na imprensa.

A semana também teve demonstrações de insatisfação dos juí­zes federais. Eles realizaram uma mobilização nacional em defesa da valorização da magistratura e contra o corte no orçamento do Judiciário. 

 
Com informações de Sintrajud/SP