SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

IMPRENSA ANTIRRACISTA

Prestes a comemorar 50 anos de seu nascimento, revista Tição, marco no jornalismo antirracista, terá edição especial lançada no dia 28 de janeiro

No dia 28 de janeiro, acontece o lançamento de uma edição especial da revista Tição, veículo histórico da imprensa antirracista no Brasil. A edição irá dar início às celebrações dos 50 anos do nascimento da revista, fundada em 1978.

O lançamento será na Biblioteca Pública Estadual do Rio Grande do Sul, às 18h30min. Será realizada roda de conversa e debate sobre racismo. Também haverá apresentações culturais com a cantora Marguerite Silva Santos e com Naiara Oliveira, que irá declamar poesias de autoria de seu pai, Oliveira Silveira. A iniciativa conta com apoio da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Adufrgs), do Cpers/Sindicato, da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras (Fetrafi), do Selo Canela Preta e Coleção Diáspora / Ufrgs, do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) e da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Fundada em 1978, a revista Tição foi um marco na imprensa alternativa gaúcha focada na questão étnico-racial e com repercussão no cenário nacional e internacional. O nome “Tição” foi dado ao periódico por influência do professor Oliveira Silveira, um dos membros do grupo da revista, que reunia diversos jornalistas negros de Porto Alegre – liderados por Jorge Freitas, Emílio Chagas, Jeanice Ramos e Vera Daysi, além do sociólogo Edilson Nabarro e do ativista Valter Carneiro. A revista se propunha, em meio à ditadura militar, a ser uma voz contra a discriminação racial e a violência policial. Denunciava o racismo, defendia os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e exaltava a negritude, os valores afro-brasileiros e a cultura negra.

Além de significar um resgate importante da publicação, a reedição histórica da Tição é também uma contribuição à luta antirracista neste momento. A edição recupera as temáticas apresentadas nas edições de 1978, 1979 e 1981, trazendo um comparativo evolutivo de vários temas tratados nas três edições com abordagens analíticas, comparativas e jornalísticas feitas por estudiosos, pesquisadores, acadêmicos, jornalistas e seus fundadores, em 60 páginas, com distribuição gratuita de mil exemplares.