SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

CULTURA

Jorge Cidade, músico e servidor aposentado do TRT4, recebe homenagem do Sarau Sopapo Poético no dia 27 de junho

A próxima edição do Sarau Sopapo PoéticoPoesia Negra, no dia 27 de junho, será uma homenagem ao músico e compositor Jorge Cidade, colega aposentado do TRT4 e um dos fundadores da banda Produto Nacional. O sarau será realizado no Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Estado (rua Riachuelo, 1190, Centro Histórico de Porto Alegre), a partir das 19h30min. A entrada é gratuita.

Antes da roda de poesia, o Cine Kafuné apresentará uma seleção de videoclipes e documentários afrocentrados. Também estarão presentes o Sopapinho Poético e a Feira Afro. O Sopapinho é voltado para crianças de todas as etnias, buscando desenvolver o interesse pela cultura e pela poesia, com brincadeiras, artes visuais, canto, contação de histórias e participação na roda de poesia. A Feira acompanha e apoia o Sopapo Poético desde suas primeiras edições, reunindo opções como artesanato, alimentação, literatura, estética cultural, vestuário, cosméticos naturais, música.

O sarau Sopapo Poético é promovido pela Associação Negra de Cultura (ANdC) desde 2012. De acordo com o material de divulgação, o encontro evoca o protagonismo negro, em uma roda de atuações, reflexões e de convivências afrocentradas, reunindo artistas, pensadores e simpatizantes da cultura negra de resistência.

Sobre Jorge Cidade

Jorge Cidade Pires é instrumentista, compositor e pensador. Natural de Porto Alegre, passou a infância e a adolescência no bairro Mont™Serrat, à época reduto negro da cidade. Começou a tocar na banda do colégio Pão dos Pobres, onde estudou e aprendeu a tocar clarinete. Em 1989, foi um dos fundadores da banda Produto Nacional, conjunto que permanece em atividade, tendo se tornado referência do reggae nacional. Ingressou no TRT4 em 1982 e se aposentou em 2015.

Cidade lembra que a época de formação da banda era uma fase de abertura polí­tica e cultural, que nos propiciou produzir um outro som, com várias influências, como o reggae de Bob Marley, tendo o som originário de Bedeu e Pau Brasil como elemento fundamental . Em 1994, passou a tocar o saxofone, seu atual instrumento de trabalho. A banda conquistou dois prêmios de direitos humanos (Assembleia Legislativa do RS e OAB/RS) e um prêmio Açorianos de música.

Como artista solo, Cidade participou da trilha sonora do premiado longa-metragem O caso do homem errado , realizado pela cineasta Camila de Moraes em 2017, e do documentário O futuro do mundo é preto , produzido pelo Comitê de Equidade do TRT4, em 2021.

Atualmente, além das atividades na banda, Cidade desenvolve carreira solo, apresentando suas composições e releituras de outros temas musicais, e tem participações em trabalhos de músicos e compositores locais.