SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

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Existem servidores públicos demais? Estudo demonstra que isso é fake news

Um estudo divulgado pela Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais (Febrafite) desmonta uma antiga farsa apresentada pelos mais ricos para retirar direitos dos mais pobres. O Brasil tem menos servidores, proporcionalmente, do que a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne 38 nações.

O levantamento feito pela Febrasite reúne dados dos relatórios da OCDE, denominados Government at a Glance 2019 e Government at a Glance Latin America and the Caribbean 2020. Conforme os relatórios, a média de servidores públicos em relação à população empregada é de 17,88%. No Brasil, esse índice é de 12,5%, praticamente igual à média para a América Latina e o Caribe, que é de 12,3%. O país com maior índice é a Suécia, que tem 30,26% da população empregada atuando no serviço público. Nos Estados Unidos, são 15,89%, também acima do Brasil.

O velho argumento do “inchaço”, utilizado como pretexto para desmontar os serviços públicos no Brasil, portanto, não se sustenta. Jair Bolsonaro (sem partido), Paulo Guedes e outros que advogam o desvio de recursos públicos para o bolso dos mais ricos, através de aportes aos bancos, ao mercado financeiro e aos grandes empresários. A emenda constitucional 106/2020, do “Orçamento de Guerra”, é um exemplo desse caminho escolhido, liberando o Banco Central para salvar os bancos.

O atual contexto, de pandemia do novo coronavírus e de todas as consequências econômicas dessa situação, torna ainda mais prejudicial essa agenda: os trabalhadores e as trabalhadoras são abandonados à própria sorte, o governo precariza os serviços públicos e direciona os recursos do povo para os mais ricos, rifando as vidas e os direitos da população. Tudo orientado pelo Banco Mundial, cuja ingerência vem aumentando sob Bolsonaro e que oferece os caminhos que o governo vem seguindo.