SINDICATO DOS TRABALHADORES DO JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FUNDADO EM 28 DE NOVEMBRO DE 1998 - FILIADO À FENAJUFE E CUT

ATO DIA 12

Com participação do Sintrajufe/RS, Fenajufe e sindicatos aprovam resoluções e mobilização de 12 a 14/6 em Brasí­lia

A Fenajufe realizou, no último final de semana, reunião do Conselho Deliberativo de Entidades (CDE), com participação, presencial e virtual, dos representantes indicados pelas entidades de base que integram o Conselho. Foram realizados debates e informes sobre as pautas mais urgentes da categoria e aprovadas resoluções que apontam as lutas do próximo perí­odo. O Sintrajufe/RS participou da reunião, representado pelo diretor Zé Oliveira, e estará presente nas atividades definidas no calendário de mobilizações.

Informes das assessorias

No sábado, 3, foram apresentados informes das assessorias parlamentar, jurí­dica e técnica. No informe da assessoria parlamentar, Antonio Augusto de Queiroz (Toninho) deu um panorama sobre a agenda parlamentar em curso, tratando de temas como a regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT); reforma administrativa (PEC 32/20); PEC 555/2006, que extingue a contribuição previdenciária sobre os proventos dos servidores públicos aposentados e pensionistas; e PEC 10/23, dos quinquênios apenas para magistrados e membros do Ministério Público. Também tratou da atualização do plano de carreira; da aprovação das emendas ao PL 2342/22 (quintos, VPNI/GAE); e a derrubada dos vetos ao ní­vel superior (NS) para os técnicos do MPU e a não absorção dos quintos na Lei nº 14.591/23 originada pelo PL 2969/22, da Procuradoria-Geral da República.

A Assessoria Jurí­dica Nacional (AJN), representada pela advogada Larissa Awwad e o advogado João Marcelo Arantes, passou informações gerais sobre o andamento dos trabalhos sobre o auxí­lio-saúde; a Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI) e Gratificação de Atividade Externa (GAE) no Tribunal de Contas da União (TCU); Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 7338) contra o ní­vel superior (NS) para os técnicos do PJU e mandato classista. Os advogados falaram sobre a atuação, os desafios e as medidas jurí­dicas necessárias que, inclusive, já estão em curso, para que as demandas da categoria sejam atendidas.

Veja AQUI matéria da Fenajufe sobre todos os informes do dia e os ví­deos das falas.

Resoluções

No domingo, 4, foram debatidas e aprovadas resoluções e construí­do calendário de luta e mobilização para as próximas semanas em defesa das servidoras e servidores do Judiciário Federal e Ministério Público da União. Os coordenadores e as coordenadoras da Fenajufe deram iní­cio í s atividades com informes importantes sobre a agenda da Fenajufe. Fizeram um resumo das últimas reuniões que tiveram em órgãos, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministério da Justiça e Senado Federal. Na pauta, a não absorção dos quintos, o porte de armas para a polí­cia judicial, auxí­lio saúde, PEC 10/23 e o arcabouço fiscal. Além disso, a aprovação do PL 2342/22 com as emendas articuladas pela Federação e o veto parcial do NS para os técnicos do MPU e a não absorção dos quintos no PL 2969/22.

Após as informações, a mesa abriu espaço para o debate sobre as principais pautas da categoria. Os dirigentes apresentaram propostas e sugestões para as atividades de mobilização. Veja abaixo o que foi aprovado:

Resoluções do CDE:

– O CDE convoca os Sindicatos a construí­rem mobilizações nos estados, com visitas nos escritórios polí­ticos dos Senadores, buscando fazer atividades conjuntas com as demais entidades dos servidores públicos nos respectivos estados organizadas nos fóruns estaduais, Centrais Sindicais e Fonasefe;
– Convoca caravanas a Brasí­lia, focando nos dias 13 e 14 de junho, articulando com o Fonasefe e demais entidades do funcionalismo público a construção da necessária mobilização e pressão junto ao Senado Federal;
– Construir atos conjuntos com os servidores públicos nos estados, visitas aos locais de trabalho, mobilizando e esclarecendo a categoria sobre a luta em torno do arcabouço fiscal e PEC 32;
– Participar do ato que está sendo organizado pelo Fonasefe. Atuação no parlamento;
– Referendar as articulações da Fenajufe junto ao Congresso Nacional para aprovação do PL 2342 com emendas;
– PL 2969/2022atuar pela derrubada do Veto nº 10/2023;
– PEC 10extensão dos quinquênios aos servidores do PJU e MPUou é para todos ou para ninguém;
– PEC 133 (aposentadoria especial para PCD)Lutar efetivamente nas bases e no parlamento pela aprovação;
– Luta contra o assédio moral em todo o paí­s;
– Aprovar estado de mobilização permanente contra os gatilhos e amarras do arcabouço fiscal, contra a PEC 32 e pelo revogaço;
– Realizar debates e assembleias setoriais para aprofundar as discussões e mobilizar a categoria;
– Moção de repúdio í  postura de assédio e perseguição do TRF 3 a um colega PCD.

Mobilização em Brasí­lia

Também foi aprovado um calendário de mobilizações, com atividades em Brasí­lia. O Sintrajufe/RS irá participar, representado pelo diretor José Luis Fistarol no julgamento da VPNI no TCU (no dia 7) e pela diretora Arlene Barcellos e pelo diretor Marcelo Carlini nas mobilizações da próxima semana.

Calendário de mobilização:
7/6 – Julgamento da VPNI/GAE no TCU;
13 a 14/6 – Caravanas a Brasí­lia;
13/6 – Lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público e Seminário de Valorização do Serviço Público no auditório Nereu Ramos da Câmara dos Deputados;
15/6 – Participar da audiência pública sobre assédio moral em Brasí­lia (maiores informações serão encaminhadas pela coordenação de Combate às Opressões da Fenajufe).

CDE reforça seu compromisso com a luta dos povos originários e contra a agenda anti-indí­gena que avança no Brasil

O CDE também aprovou o seguinte posicionamento:

  1. No dia 30 de maio, tivemos um dos mais graves retrocessos históricos em relação aos direitos indí­genas desde a promulgação da CF /1988, com a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de lei (PL) 490, que pretende institucionalizar a tese do marco temporal. Na prática, se busca acabar com processo de demarcação de terras indí­genas, além de abrir diversas outras possibilidades de ataques. Na votação 283 deputados votaram a favor do projeto e 155 votaram contra.
  2. O projeto aprovado, dentre outros absurdos, autoriza qualquer pessoa a questionar procedimentos demarcatórios em todas as fases do processo, isto valendo também para os territórios já homologados, reformulando também os conceitos constitucionais da polí­tica indigenista. A Apib (Articulação dos Povos Indí­genas do Brasil) denunciou em nota técnica, que o projeto aprovado também defende a liberação de construções de rodovias, hidrelétricas e outras obras em terras indí­genas sem consulta livre, prévia e informada das comunidades afetadas, violando tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário como a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
  3. Poucos dias antes, da aprovação do PL 490, já tinha ocorrido outro ataque contra os povos indí­genas, com a aprovação em comissão mista, composta por deputados e senadores, do relatório da Medida Provisória 1154 e o Senado Federal aprovou em plenário na quinta-feira, 01/06, por 51 votos favoráveis e 19 contrários a MP 1154, cujo objetivo no que se refere ao meio ambiente e povos originários é esvaziar a competência para a demarcação de terras indí­genas do Ministério dos Povos Indí­genas (MPI) liderado por Sônia Guajajara, além de retirar competências do Ministério do Meio Ambiente. A ofensiva da direita e extrema-direita, por meio de suas bancadas, sobretudo a ruralista está em uma crescente e deve ser combatida com todas as forças por todos os setores democráticos da sociedade brasileira.
  4. A luta contra o marco temporal agora será travada no Senado. Não ficaremos parados diante do crescimento de um movimento pela institucionalização do genocí­dio indí­gena e do ecocí­dio brasileiro, portanto, a Fenajufe reforça no CDE realizado nos dias 03 e 04 de junho de 2023 em Brasí­lia, o seu pleno apoio a luta dos povos indí­genas e a defesa do meio ambiente no Brasil.

    Fonte: Fenajufe